Terceiro Setor: mulheres à frente de ações transformadoras

Voluntariado
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No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o Observatório do Terceiro Setor destacou o impacto que as mulheres geram nas mais diversas causas sociais

Terceiro Setor Mulheres
Foto: Observatório do Terceiro Setor

Da Redação

As mulheres representam 51% das pessoas que praticam atividades voluntárias no Brasil. Historicamente, o papel de cada uma delas é essencial para a construção dos pilares da sociedade e, no mês em que se comemora o Dia da Mulher, o Observatório conversou com mulheres que atuam nas mais diversas causas sociais.

Uma das causas protagonizadas por mulheres é o foco do ODS 2: o combate à fome. A Associação Prato Cheio, por exemplo, é uma organização da sociedade civil que reúne mulheres engajadas em garantir que milhares de pessoas assistidas por outras ONGs tenham o à alimentação. Além disso, ainda incentivam ações de combate ao desperdício de alimentos por meio de projetos e cursos gratuitos.

No empreendedorismo, o cenário é desigualdade. Uma pesquisa do IBGE aponta que mais de 41% das 23 milhões de mulheres negras inseridas no mercado de trabalho em 2023 estavam em trabalhos informais. A Rede Mulher Empreendedora oferece capacitação profissional, para que cada vez mais mulheres estejam inseridas no mercado de trabalho e possam garantir sua renda. São mais de 11 milhões de pessoas impactadas direta e indiretamente, o que contribui para o alcance do ODS 8.

Por meio de pesquisas, as mulheres também evidenciam a atenção que deve ser direcionada para desafios que afetam suas vidas diariamente. A ONG Think Olga recentemente produziu um relatório sobre saúde mental feminina, evidenciando que 6 em cada 10 mulheres sofrem de ansiedade. Em entrevista para o Observatório, a presidente da Think Olga, Maíra Liguori, explicou o objetivo de estudar a sobrecarga e o sofrimento psíquico enfrentado pelas mulheres. 

“O lockdown acabou, a pandemia arrefeceu e o que vimos foi que as mulheres estavam ainda muito esgotadas e tentando catar os caquinhos. Então, nós [Think Olga] quisemos entender o que era esse esgotamento, esse burnout que estava assombrando tantas de nós”, diz Maíra.

Por sua vez, o Geledés, instituto presidido e coordenado por mulheres, promove projetos de educação antirracista e trabalha pelos direitos de mulheres e pessoas negras.

Mulheres são agentes transformadoras e buscam soluções para um mundo mais justo e sustentável; portanto, contribuem para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, principalmente para o ODS 5 que diz respeito à igualdade de gênero.


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