Socialismo e Qualidade de vida

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Não poderia deixar de registrar a experiência de conhecer a República Popular da China e a República Socialista do Vietnã, países que infelizmente são divulgados pela mídia ocidental de maneira distorcida e preconceituosa, causando assim um temor e alienação na grande maioria das pessoas.

É fundamental conhecer a verdade sobre esses países. A importância histórica milenar, a cultura, os valores, bem como as características específicas do modelo socialista. Ao contrário do que é divulgado, esses países mantém na sua política diretrizes socialistas voltadas para a educação, saúde, segurança e qualidade de vida.

A presença do Estado forte e representante dos interesses do povo é percebida pelo cuidado com a cidade, seja no transporte digno, no custo de vida, segurança, educação entre outros. A sociedade, por sua vez, tem um comportamento e valores de cuidado pelo patrimônio público, assim como o reconhecimento de que o socialismo traz benefícios importantes para uma sociedade.

Apesar dos aspectos econômicos positivos nos dois países, o Estado chinês hoje está voltado para estratégias de desenvolvimento no que diz respeito à preservação do meio ambiente, diminuição da desigualdade social e o combate à corrupção. Cabe ressaltar que a China tem cumprido as diretrizes assumidas no Protocolo de Kyoto. Seu programa de reflorestamento é um dos maiores do mundo.

Elias Jabbour, pesquisador e autor de diversos livros sobre a China, chama a atenção que os avanços foram muitos, mas os desafios também. Principalmente nas questões acima citadas. Porém, o mesmo destaca que se faz necessário compreender o processo histórico chinês para o real entendimento do modelo específico de socialismo adotado.

Socialismo de mercado, estratégias de desenvolvimento social, entre outras questões fogem do entendimento da sociedade ocidental. A falta de informação correta e ausência de conhecimento criam uma imagem distorcida e alienada a respeito de países como estes.

A experiência e conhecimento desses países nos mostra de que é possível ter uma vida digna e com qualidade de vida. A alegria, a leveza, a delicadeza desses povos é notada nos primeiros momentos.

Será que no capitalismo selvagem em que vivemos no qual muitos acham democrático e livre teremos um Estado que representará os interesses do povo? Teremos educação e saúde para todos? Poderemos sair nas ruas sem o medo da violência? Sentiremos segurança e alegria em viver na nossa cidade? Poderemos ter transporte público digno? As cidades não serão mais campos de batalha, mas cidades em que poderemos andar livremente?

Essas são questões que devemos refletir com mais informação e cuidado. Para isso é necessário nos livramos urgente do pensamento ideológico ocidental burguês, que cria bilhões de seguidores alienados com informações rápidas e mentirosas.

Márcia Moussallem

Assistente Social e Socióloga. Mestra e Doutora em Serviço Social (PUC/SP); MBA em Gestão para Organizações do Terceiro Setor. Professora Universitária. Publicou seis livros. Colunista do Observatório do Terceiro Setor.

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