Se gentileza e generosidade fossem ensinadas desde cedo, estaríamos melhor preparados para a vida?

Cultura de Doação
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Imagem Adobe Stock

 

Por Luiza Serpa e Marina Pechlivanis

 

O mundo do “se” é um espaço de hipóteses e possibilidades. Mas já parou para pensar como seria a nossa vida se as pessoas fossem mais gentis em suas relações, mais generosas em suas doações e mais solidárias em suas decisões? Se a sustentabilidade fosse uma prática diária e a diversidade fosse valorizada? Se houvesse respeito mútuo e a cidadania fosse ativa, participativa e colaborativa?

 

Será que ensinar esses princípios desde cedo faria a diferença na sociedade, na política, na economia? Certeza, só experimentando.

 

O fato é que estamos vivenciando uma era sem precedentes de aceleração do tempo e das inovações tecnológicas, mas, em contrapartida, uma desaceleração das atitudes humanas e humanitárias que são essenciais para nosso sucesso não apenas como profissionais, mas como seres humanos. Da forma como está, é muito desafiador continuar. Depressão, burnout, infoxicação (intoxicação por excesso de informações), ansiedade, desnorteamento e impotência… E não é uma mazela só dos adultos: crianças e jovens fazem parte importante desse diagnóstico. Aonde chegaremos com essas sensações e sentimentos?

 

Não adianta idealizar utopias de um ado em que as pessoas eram melhores, nem projetar nas novas gerações um futuro aprimorado. É tempo de começar uma mudança de comportamento agora, e todos são corresponsáveis por isso. Existem soluções? Sim: soluções sistêmicas, para aplicar a partir da infância ou o quanto antes — sempre é tempo.

 

É exatamente isso que a Plataforma de Educação para Gentileza e Generosidade (EGG) oferece, por meio de metodologias, dinâmicas, campanhas, materiais de mobilização, estudos e pesquisas, atendendo a famílias, escolas, universidades, ambientes de trabalho e imprensa. Tudo ível, qualificado e gratuito, com base em 7 princípios sociotransformacionais para colocar mais gentileza, generosidade, solidariedade, sustentabilidade, diversidade, respeito e cidadania em prática, todos os dias. Não por acaso, a EGG tem o apoio de recursos do Instituto Phi.

A ciência e a experiência comprovam: sim, se princípios como esses fossem ensinados e praticados desde cedo, estaríamos melhor preparados para viver bem, com mais saúde, felicidade e menos desigualdades. E esse é o poder da educação: gerar reflexão, conscientização, mobilização e, acima de tudo, ação. Organizações do terceiro setor, como o Instituto Phi, desempenham um papel fundamental nesse processo. Essa parceria não apenas reforça a missão institucional do Phi de promover um mundo mais justo e solidário, como fortalece a cultura de doação e a construção de uma sociedade mais colaborativa.

Ao investir na Educação para Gentileza e Generosidade, estamos investindo em infraestrutura pró-social e em redes de inteligência coletiva, capazes de transformar realidades. Junte-se a nós nessa mudança: conheça, aplique, multiplique e apoie essa causa. Quer viver melhor e melhorar o mundo ao seu redor? Agora é a hora de agir: Educação para Gentileza e Generosidade.

 

*A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião do Observatório do Terceiro Setor

 

Sobre as autoras:

Luiza Serpa é fundadora e diretora do Instituto Phi, única brasileira no Conselho Estratégico da rede Latimpacto, Responsible Leader da BMW Foundation, fellow da Skoll Foundation, integrante do Conselho da rede NEXUS Global, membro da Entrepreneur’s Organization (EO). Faz parte do comitê da Plataforma Conjunta e foi reconhecida como Empreendedora Social do Ano pela Folha em 2020. Luiza contou sua história num capítulo do livro “Mulheres do Terceiro Setor”, da Editora Leader, que aborda as histórias, cases, aprendizados e vivências de 18 empreendedoras sociais ao longo de sua carreira.

Marina Pechlivanis é sócia da Umbigo do Mundo e idealizadora da Plataforma de Educação para Gentileza e Generosidade


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