Se eu for só por mim, o que serei eu?

Voluntariado
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Campanha permite fazer doações sem precisar gastar dinheiro
Foto: jcomp via Freepik

A solidariedade fortalece as comunidades porque aproxima as pessoas, reduz os conflitos e os incentiva a compartilhar seu tempo e ajudar uns aos outros quando necessário, para que todos se beneficiem. Martin Luther King uma vez disse: ‘Se eu ajudar uma única pessoa, nem que seja a ter esperança, não terei vivido em vão’. No dia 20 de dezembro se celebra o Dia Internacional da Solidariedade, data que tem o objetivo de mostrar a importância de ações coletivas para superar problemas globais e alcançar os objetivos comuns de desenvolvimento, para a construção de um planeta melhor e mais seguro para todos. A Solidariedade, também é conhecida como o poder da humanidade.

Se eu for só por mim, o que serei eu? Quando pensamos nos quase 8 bilhões de pessoas que vivem neste planeta, refletimos como podemos fazer a diferença. Por meio da solidariedade e também da prática do voluntariado podemos construir sociedades menos desiguais, com mais oportunidades e onde todos tenham seus direitos garantidos.

O World Giving Index ou Índice da Solidariedade é uma das maiores pesquisas sobre doações, solidariedade e voluntariado já produzidas no mundo, com quase 2 milhões de pessoas entrevistadas desde 2009. O Índice deste ano inclui dados de 119 países, representando mais de 90% da população adulta global. Três perguntas são feitas a pessoas ao redor do mundo: você ajudou um estranho, doou dinheiro a uma organização social ou fez algum tipo de trabalho voluntário no nos últimos trinta dias, isto é, no mês ado?

Este ano Brasil subiu no ranking geral do WGI, pulando da 54° para a 18° posição, o que nos coloca entre os 20 países mais solidários do mundo! O crescimento aconteceu em todas as categorias que são avaliadas, sendo ainda mais expressiva na “ajuda a um desconhecido”, no qual o país ou de 36° para o 11° lugar em apenas 12 meses. O cenário reflete um crescimento do sentimento de solidariedade no Brasil nos últimos anos. Mesmo com dificuldades advindas do contexto socioeconômico atual, dos desafios pós pandemia, a população brasileira demonstra um interesse ativo em ajudar, não necessariamente apenas com doações financeiras, mas também por outros meios como ajudas esporádicas e trabalhos voluntários.

Como viver a solidariedade? Ser solidário com os outros exige que saiamos da nossa zona de conforto. O trabalho voluntário é uma ferramenta ao alcance de qualquer pessoa para praticar a solidariedade. Ele oferece a oportunidade de causar impacto tangível na vida de alguém, confirmando a capacidade dos seres humanos de fazer uma diferença real, nasce de um impulso saudável de se fazer o bem para os outros e para a comunidade. Na solidariedade e no voluntariado se caminha junto, trocando e compartilhando experiências, conhecimento e habilidades.

A solidariedade vai um o além da compaixão, e coloca a empatia em ação, provocando uma sensação natural de realização e satisfação. Estar entre os países top 20 da Solidariedade e sermos 57 milhões de brasileiros voluntários, demostra que a solidariedade está nas ações e não nas palavras.

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*A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião do Observatório do Terceiro Setor.

Silvia Naccache

Palestrante e consultora nas áreas de Voluntariado, Responsabilidade Social, Desenvolvimento Sustentável e Terceiro Setor. Conselheira voluntária da ABRAPS, Associação Vaga Lume e TJCC. Representante no Brasil da organização Impact2030, além de membra organizadora do Grupo de Estudos de Voluntariado Empresarial desde 2009. Coordenou por 14 anos o Centro de Voluntariado de São Paulo. Linkedin


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