Rede de Mulheres une crédito coletivo e garantia solidária em projeto inédito no Brasil para empreendedoras de baixa renda
Empresas do Bem
Inédito no Brasil, o projeto Rede de Mulheres, lançado pelo Banco da Família, aposta no crédito coletivo com garantia solidária para fortalecer o empreendedorismo feminino. Inspirado na metodologia bancária comunitária da América Latina, o grupo vai além do o ao crédito, tendo sua força baseada na solidariedade e no compromisso coletivo, que criam um ambiente de confiança e colaboração. Esse vínculo não apenas sustenta o modelo de negócio, mas também fortalece a autoestima e a autonomia das mulheres envolvidas, permitindo que cresçam juntas de forma sustentável. O projeto piloto está sendo implementado em Lages, e o primeiro grupo já ou empréstimos individuais entre R$ 500 e R$ 1.000, a serem pagos em seis parcelas. O crédito pode ser utilizado tanto para iniciar novos negócios quanto para fortalecer atividades já existentes.
A Rede de Mulheres surge como solução para um grande obstáculo: muitas mulheres que desejam empreender não conseguem ar crédito de maneira individual, seja por não terem garantias exigidas pelos bancos tradicionais, seja por insegurança financeira. No entanto, quando apoiadas por outras mulheres em quem confiam, formam uma rede de e e fortalecimento. Cada grupo assume a garantia solidária, o que permite que o crédito seja concedido e que todas se sintam seguras para crescer juntas.
Entre as participantes está Maria Terezinha Garcia Farias, artesã de doces e conservas há mais de duas décadas. Aos 60 anos, ela nunca havia conseguido crédito para investir na produção. O convite para participar da Rede de Mulheres veio de vizinhas que já conheciam a iniciativa. Com R$ 500,00 em crédito, ela planeja adquirir matéria-prima, embalagens e uma a maior para aumentar sua produção. “Eu me sinto útil de novo. Antes eu estava desanimada, sem autoestima. Aí chegaram essas meninas do banco e fizeram eu explodir o que estava guardado dentro de mim. Foi maravilhoso”, conta emocionada.
Outra beneficiada é Mara Lúcia Matos de Jesus, de 53 anos, que há 15 anos trabalha vendendo panos de prato, jogos de lençol e outros produtos de cama e mesa na vizinhança. Mesmo com experiência, nunca havia buscado um empréstimo por medo de não conseguir pagar. Com o crédito de R$ 500,00, ela vai investir no aumento e diversificação do estoque. Para ela, a união do grupo tem sido essencial: “Agora eu sinto mais confiança, porque estamos juntas. Uma ajuda a outra e dá mais força para seguir em frente”, afirma.
Para formar o primeiro grupo da Rede de Mulheres, o Banco da Família contou com o apoio de lideranças comunitárias, que desempenharam um papel estratégico na divulgação da iniciativa. Segundo Izabela Ramos, Supervisora de Responsabilidade Social da instituição, a mobilização começou com convites a mulheres influentes nas comunidades, seguidos de reuniões presenciais para explicar o projeto e demonstrar como o crédito solidário poderia ser viável. Foi definida a figura de uma presidente do grupo, Dona Carmen, que ajudou a atrair e organizar as participantes. “Ela é uma mulher empreendedora, com uma forte rede de contatos e muita credibilidade na comunidade. Apresentamos o projeto e ela logo abriu as portas de sua casa para realizarmos as reuniões. Foi um o fundamental para formar o primeiro grupo”, destaca Karina Matos Freitas, agente de crédito responsável pelo acompanhamento do grupo.
Parceria internacional inspira metodologia no Brasil
Com o objetivo de fortalecer o empreendedorismo e garantir a sustentabilidade dos negócios, as mulheres participantes da Rede de Mulheres continuarão recebendo capacitações periódicas em temas como educação financeira e gestão de negócios. Para aprimorar essa metodologia, o Banco da Família conta com a consultoria da Fundação Paraguaya, organização internacional com vasta experiência em bancas comunais e microfinanças.
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