Quase 10 milhões de crianças tem desnutrição severa no mundo
Segundo o Unicef, o elevado número de crianças com desnutrição severa no mundo se deve à soma de fatores como a alta no preço dos alimentos devido à guerra na Ucrânia e as dificuldades dos países para se recuperarem no pós pandemia

Por Ana Clara Godoi
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou, em maio, o documento “Alerta Infantil”, chamando a atenção para o aumento do total de crianças sofrendo com desnutrição severa. São 10 milhões de crianças ando por essa situação no mundo, e 2 entre 3 delas não têm o a tratamentos essenciais ou alimentos terapêuticos prontos para o consumo.
“Mesmo antes da guerra na Ucrânia, as famílias já estavam com dificuldades de alimentar seus filhos, devido a conflitos, mudança climática e pandemia de Covid-19”, declarou a diretora-executiva do Unicef, Catherine Russell.
Segundo o Unicef, a combinação da guerra na Ucrânia, economias com dificuldades de recuperação pós pandemia e condições climáticas severas em alguns países são os principais motivos para o aumento significativo no nível global de desnutrição severa.
Além disso, os preços dos alimentos terapêuticos prontos para o consumo devem aumentar em até 16% até o fim do ano, em consequência do alto custo da matéria-prima. Com isso, a Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que mais 600 mil crianças fiquem sem o a esse tipo de tratamento.
O Unicef está pedindo aos governos para aumentarem o investimento em projetos de combate à fome em pelo menos 59%, para que todas as crianças que estão sofrendo de desnutrição severa recebam tratamento nos 23 países onde o problema é maior.
Fonte: ONU News