Presidente diz não tomar vacina, mas impôs sigilo do cartão de vacinação
O presidente Jair Bolsonaro impôs sigilo de 100 anos sobre sua carteira de vacinação em janeiro deste ano

Entre os 19 líderes do G20 (composto pelas 19 principais economias mais a União Europeia) presentes na 76ª Assembleia Geral da ONU, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, foi o único que declarou ainda não ter tomado a vacina contra a Covid-19 e nem ter em seus planos fazer isso antes do evento.
A decisão surpreendeu o premiê britânico Boris Johnson, que durante um encontro elogiou a vacina AstraZeneca, e disse que já tinha tomado as duas doses. Enquanto isso, Bolsonaro disse não ter tomado nenhuma vacina e comentou que está com a imunidade contra covid alta porque teve já teve o vírus.
O presidente Bolsonaro impôs o sigilo de 100 anos sobre a sua carteira de vacinação em janeiro deste ano. Em nota, a assessoria de imprensa citou o artigo 31 da Lei de o à Informação (LAI), segundo o qual o “tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais”. “As informações pessoais, a que se refere este artigo, terão seu o , independentemente da classificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem”, acrescentou.
Nenhum outro presidente brasileiro decretou tal sigilo. O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) questionou o sigilo durante a sessão da I da Covid-19: “O presidente fala que não tomou vacina, mas como podemos comprovar? Ele decretou sigilo de 100 anos (…)”.
Com a polêmica sobre o presidente Jair Bolsonaro participar da Assembleia Geral da ONU sem tomar vacina, internautas voltaram a questionar o porquê do sigilo e o que supostamente o presidente quer esconder no seu cartão de vacinação.