Pregando a paz, Mahatma Gandhi conseguiu a independência de seu país
Defensor da não violência, Mahatma Gandhi foi fundamental no processo de independência da Índia, que até então estava sob domínio britânico
Mohandas Karamchand Gandhi, conhecido como Mahatma Gandhi, nasceu em Porbandar, na Índia, no dia 2 de outubro de 1869. Sua família pertencia à casta dos comerciantes, conhecida por bania. Foi criado sob a crença no deus hindu Vishnu, que tem como preceito a não violência.
Como era costume, Gandhi teve um casamento arranjado aos 13 anos de idade. Nessa época, a Índia estava sob o domínio britânico. Em Londres, estudou direito.
Em 1894, fundou uma seção do Partido do Congresso indiano, destinada a lutar pelos direitos de seu povo. Em 1904, também começou a editar o jornal ‘Opinião Indiana’.
O programa pregava a independência total da Índia; uma confederação democrática; a igualdade política para todas as raças, religiões e classes; reformas socioeconômicas e istrativas e a modernização do Estado.
Durante a desobediência civil, Gandhi desenvolveu o uso da “não violência”. Gandhi seguiu o preceito de “odiar o pecado e não o pecador”.
Em novembro de 1913, Gandhi conduziu uma marcha com mais de duas mil pessoas, foi preso e solto após pagar fiança. Pouco depois, prenderam-no novamente. Foi, então, condenado ao trabalho forçado durante três meses, mas as greves continuaram, envolvendo aproximadamente 50 mil operários, e milhares de indianos foram presos.
Após muita negociação, os matrimônios, independentemente de qual fosse a religião, tornaram-se válidos; os impostos em atraso foram cancelados, e os operários, contratados; e foi concedida mais liberdade aos indianos.
A Índia, no entanto, ainda estava submetida às regras coloniais britânicas. Gandhi sugeriu que a Índia podia ganhar sua independência por meios não violentos e por via da autoconfiança. Ele rejeitou a força bruta e a opressão e declarou que a força da alma ou o amor é que mantém a unidade das pessoas em paz e harmonia.
De volta à Índia em 1915, Gandhi ou a exercer o papel de conscientizador por uma sociedade baseada no uso da não violência.
Em 1930, no dia 11 de março, Gandhi iniciou sua marcha contra a proibição dos indianos produzirem o próprio sal. Isso afetaria especialmente os mais pobres. A marcha de 124 milhas para o mar duraria mais de vinte e quatro dias. Seus esforços deram resultado: os prisioneiros foram libertados e a fabricação de sal foi permitida na costa.
Em 1932, sua greve de fome contra a opressão britânica na Índia chamou a atenção do mundo inteiro.
Com o início da Segunda Guerra Mundial, Gandhi voltou à luta pela retirada imediata dos britânicos do seu país. Em 1942, foi preso novamente. E em 1947 os ingleses finalmente reconheceram a independência da Índia, embora sem abrir mão de seus interesses econômicos.
Logo após a independência, Gandhi procurou evitar a luta entre hindus e muçulmanos, mas seus esforços de nada adiantaram. O governo decidiu aprovar a divisão da Índia, por critérios religiosos, em duas nações independentes – a Índia, de maioria hindu, e o Paquistão, com maioria muçulmana.
Gandhi foi obrigado a aceitar a divisão do país, o que atraiu o ódio dos nacionalistas. Um ano após a índia conquistar a independência, Gandhi foi assassinado. O crime ocorreu no dia 30 janeiro de 1948, em Nova Délhi, capital indiana. O pacifista foi morto a tiros.
Gandhi é considerado uma importante referência histórica para os movimentos pacifistas ocorridos no mundo. E se tornou um dos líderes mais respeitados do planeta.
Fonte: Wikipédia