Racismo ambiental
O racismo ambiental é um tema pouco discutido, porém muito presente na sociedade brasileira. Moradores da área nobre de São Paulo vivem até 21 anos a mais do que a população que mora na periferia da cidade, segundo o Mapa da Desigualdade 2022, da Rede Nossa São Paulo. Um estudo do Instituto Polis revela que 55% das pessoas que habitam as regiões de maior risco em São Paulo são negras, e que mulheres negras e pobres são as mais atingidas por enchentes e deslizamentos. De acordo com um levantamento do Instituto Trata Brasil, 35 milhões de brasileiros não possuem o à água potável e cerca de 100 milhões não têm o à coleta de esgoto. Entre os 20 municípios em pior colocação, a maioria são da região norte e nordeste.
Além disso, um outro ponto que influencia o racismo ambiental no Brasil é a tese do marco temporal, que está em julgamento no supremo tribunal federal. O texto defende que os povos indígenas só podem reivindicar terras onde já estavam quando a constituição brasileira entrou em vigor em 1988.
Para conversar sobre racismo ambiental, recebemos, no Olhar da Cidadania desta quinta-feira, dia 29 de junho, o sociólogo e pesquisador Rafael de Andrade.
Rafael de Andrade é sociólogo, doutor em desenvolvimento regional e meio ambiente, e pesquisador de políticas públicas de saúde e educação para povos indígenas.
O programa também contou com a participação do colunista Christian Dunker, psicanalista e professor titular da USP, e foi apresentado pelo jornalista Joel Scala.
Olhar da Cidadania na Rádio USP
Todas as quintas-feiras, às 13h30
São Paulo: 93,7 FM
Ribeirão Preto: 107,9 FM
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