Pesquisa revela dados sobre empreendedorismo feminino no Brasil

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De acordo com a pesquisa sobre empreendedorismo feminino no Brasil, do Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME), 72% das mulheres empreendedoras se consideram independentes financeiramente

Foto: Freepik

Por Laura Patta

Uma pesquisa do Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME) revelou que 34% das mulheres ouvidas sofreram algum tipo de agressão em relações conjugais. Ao mesmo tempo, o estudo também indicou que 48% dessas mulheres conseguiram sair desses relacionamentos abusivos depois que aram a empreender.

Segundo Ana Fontes, fundadora e presidente da Rede e do Instituto Rede Mulher Empreendedora, a pesquisa confirma o sentimento evidente das mulheres que empreendem. Ela explica que geralmente as mulheres se sentem mais independentes quando têm geração de renda própria.

Essa afirmação é apoiada pelos dados coletados pela pesquisa, já que 81% das mulheres consultadas acreditam que empreendedoras têm mais autonomia na vida, e por isso são mais independentes em suas relações conjugais.

A pesquisa IRME revela também que 72% das mulheres empreendedoras avaliam que são totalmente ou parcialmente independentes financeiramente.

Ainda de acordo com a Pesquisa IRME, 26% das mulheres consultadas iniciaram seu negócio atual durante a pandemia.

Assim como em todos os outros aspectos sociais, a pandemia também teve impactos da transformação digital na vida das empreendedoras.

Para 62% das mulheres que empreendem, o impacto da digitalização foi positivo para o negócio. Mas, 54% das empreendedoras constatam que a pandemia trouxe menos oportunidades de crescimento.

Enquanto isso, em relação à digitalização, os aplicativos de mensagens e redes sociais são as ferramentas digitais mais utilizadas pelas empreendedoras em seus negócios.

Houve crescimento no uso de sites próprios e de vendas durante a pandemia. As ferramentas digitais mais utilizadas pelas mulheres empreendedoras foram aplicativos de mensagem (89%), redes sociais (83%), site ou blog próprio (67%) e e-commerce ou marketplace (55%).

A pesquisa aponta ainda um cenário cheio de desafios para as empreendedoras. 79% das empreendedoras acreditam que os cuidados com a casa e a família atrapalham mais as mulheres do que os homens que buscam empreender.

Para Ana, isso acontece porque muitas mulheres ainda não têm apoio e reconhecimento de que seus negócios, ainda que pequenos, fazem parte de um ecossistema e que geram riqueza.