Pesquisa global detalha as tendências em práticas de doações digitais

Cultura de Doação
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Uma das edições do relatório analisa as atividades filantrópicas no Brasil, identificando crescimento em doações digitais e alta demanda de transparência por parte dos doadores

doações digitais
Foto: Adobe Stock | Licenciado

Por Ana Clara Godoi

A série “Digital for Good: estudo global sobre modelos emergentes de doação” lançou um capítulo brasileiro narrando descobertas e insights sobre tendências em modelos de doação para Organizações da Sociedade Civil (OSC), como crowfunding, doações digitais, doações no local de trabalho, voluntariado online e iniciativas de impacto social.

A iniciativa é da Lilly Family School of Philanthropy, da Universidade de Indiana, localizada nos Estados Unidos. A edição que analisa a filantropia brasileira foi desenvolvida em parceria com o Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS).

O capítulo brasileiro examina o envolvimento filantrópico no Brasil antes e durante a pandemia de Covid-19. O país relatou uma expansão de canais para doações, destacando-se modelos relacionados a micro doações; entre eles está o arredondamento do valor das compras em redes varejistas e a venda de produtos sociais. Envolve a produção de conteúdo editorial inspirador e gerador de receita destinado a organizações sem fins lucrativos, além de uma plataforma de doação.

No Brasil, as iniciativas selecionadas para o relatório representam diferentes formas de doação. São elas: BSocial, Editora MOL e As histórias do Arredondar. A escolha não se deu porque são as únicas a aplicarem o modelo, mas porque contribuem para a compreensão da diversidade dos mecanismos de doação no país.

Para Uma Osili, reitora associada de Pesquisa e Programas Internacionais da Lilly Family School of Philanthropy, expandir a pesquisa sobre filantropia global a partir da introdução desse estudo permite uma melhor compreensão das tendências da filantropia, que estão em constante evolução, em países com cenários filantrópicos diferentes.

“Ao identificar e entender os modelos emergentes de doação, contribuímos para que lideranças de organizações da sociedade civil fortaleçam sua estrutura de captação e possam ampliar seu impacto positivo”, explica.

Ao longo de cinco meses, serão lançadas novas edições, contemplando países como África do Sul, China, Índia, Quênia, Coreia do Sul e Singapura. Organizações ou especialistas locais ficam responsáveis pelo desenvolvimento de cada capítulo, através da condução da pesquisa para identificar tendências específicas e interpretação dos resultados, sempre com o e e supervisão dos pesquisadores da Lilly Family School of Philanthropy.

A série “Digital for Good: estudo global sobre modelos emergentes de doação” foi financiada com apoio da Fundação Bill & Melinda Gates.

Fonte: IDIS


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