Outra criança Yanomami morre após estupro de garimpeiros

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De acordo com liderança do povo Yanomami, uma criança de 12 anos morreu após ser estuprada por garimpeiros que exploram reserva indígena de forma ilegal. Outros casos do tipo já tinham sido denunciados recentemente

Imagem ilustrativa/ Foto: Adobe Stock

Uma menina Yanomami de 12 anos morreu após ser estuprada por garimpeiros em uma comunidade na região de Waikás, uma das mais atingidas pela invasão de mineradores ilegais na Terra Indígena Yanomami. A informação foi divulgada na noite de segunda-feira (25/04) pelo presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, que também é uma das lideranças desse povo.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Hekurari afirma que, além da morte da menina, uma outra criança Yanomami, de aproximadamente três anos, desapareceu após cair no rio Uraricoera. O crime aconteceu na comunidade Aracaçá, segundo os relatos.

Ele planeja ir até a região nesta terça-feira (26/04) para buscar o corpo da vítima e encaminhá-lo para autópsia no Instituto Médico Legal (IML), em Boa Vista.

Casos de violência contra crianças indígenas estão ficando cada vez mais recorrentes com o garimpo ilegal e a falta de fiscalização. Segundo denúncias, outras duas meninas Yanomami de 13 anos faleceram após serem violentadas por garimpeiros.

Hekurari disse, ainda, que há a suspeita de que os garimpeiros estivessem armados. A comunidade Aracaçá está localizada no meio de acampamentos montados por garimpeiros na região. A violência sexual contra meninas e mulheres Yanomami cometida por garimpeiros já havia sido denunciada semana ada pela Hutukara Associação Yanomami.

Fonte: g1