ONU: pessoas com deficiência ganham 12% a menos no salário

Direitos Humanos
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Um novo relatório das Nações Unidas revela que trabalhadores com deficiência ganham 12% a menos, por hora, do que os colegas que não estejam nessa situação. A diferença salarial aumenta quando se trata de países de rendas baixa e média-baixa, revela a publicação.

Imagem: Adobe Stock

Um novo relatório das Nações Unidas revela que trabalhadores com deficiência ganham 12% a menos, por hora, do que os colegas que não estejam nessa situação.

A diferença salarial aumenta quando se trata de países de rendas baixa e média-baixa, revela a publicação Um estudo sobre os resultados de empregos e salários de pessoas com deficiência.

A análise da Organização Mundial do Trabalho (OIT), revela que Portugal apresenta disparidade de 16%. Entre as 30 economias analisadas, o país aparece depois de Estônia, da República Checa, do Reino Unido e da França.

O relatório enfatiza ainda que a diferença salarial média para pessoas com deficiência chega a 26% no caso de países de rendas baixa e média-baixa. No caso das economias desenvolvidas é de 9%.

Para a OIT, este tipo de disparidade não pode ser explicado por determinantes de capital humano e relacionado às profissões.

Mulheres sofrem mais

O estudo sugere haver tentativas dos empregadores de “tentar bloquear o uso de habilidades aprendidas pelo trabalhador em novo emprego”.

As mulheres com deficiências vivem, no entanto, uma situação ainda pior. Em 14 países, a disparidade salarial entre gêneros é de 6% entre mulheres e homens em países desenvolvidos, e de 5% em economias em desenvolvimento.

O relatório mostra que os salários-mínimos podem ter um papel no combate à disparidade salarial entre pessoas com deficiência em todo o mundo.

A análise aponta a tendência de as pessoas com deficiência estarem na extremidade inferior da distribuição salarial. Por isso defende que as políticas de salário-mínimo sejam uma ferramenta essencial para reduzir a disparidade salarial em relação às pessoas sem deficiência.

 

Fonte: ONU News


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