ONG recebe animais silvestres vítimas de incêndios florestais
ONGs em AçãoA Associação Protetora de Animais Silvestres (A) de Assis (SP) está recebendo animais afetados pelos recentes incêndios florestais no interior paulista para tratamento veterinário. A iniciativa faz parte de um esforço conjunto do Governo do Estado de São Paulo para resgatar e reabilitar a fauna impactada pelas queimadas que devastaram áreas desde agosto.

A Associação Protetora de Animais Silvestres (A) de Assis (SP) está recebendo animais silvestres afetados pelos recentes incêndios florestais no interior paulista para tratamento veterinário.
A iniciativa faz parte de um esforço conjunto do Governo do Estado de São Paulo para resgatar e reabilitar a fauna impactada pelas queimadas que devastaram áreas do interior paulista desde agosto.
A rede de atendimento montada pelo Departamento de Fauna Silvestre do Estado conta com 26 unidades integradas, prontas para receber e tratar animais resgatados das chamas ou atropelados enquanto tentavam escapar.
Em Assis, 21 animais já foram atendidos, incluindo 15 filhotes de periquito-rei abandonados em seus ninhos, dois gaviões carcarás e um carijó intoxicados por fumaça, além dois filhotes de cachorro do mato e um gato do mato que sofreu queimaduras na retina e perdeu parte da visão.
Natália Tomaz Inácio de Godoy, diretora executiva da A, contou, em entrevista ao G1, que o trabalho de resgate dos animais já acontecia por meio do projeto Arca de Noé e que foi intensificado com o aumento das queimadas.
“Nós recebemos, em 10 dias, 21 animais oriundos de queimadas, algumas aves intoxicadas por fumaças e outros que fugiam das queimadas e acabaram atropelados nas rodovias”, explicou a diretora.
A associação trabalha na reabilitação desses animais para que possam retornar à natureza. Porém, em alguns casos, como os do gato e do cachorro do mato, os animais vítimas das queimadas não terão condições para retornar ao seu habitat natural.
“Nós fomos no local resgatar um gato do mato. Ele sofreu queimaduras pelo corpo, na boca, há cerca de 20 dias. Tudo indica que ele fugiu de uma queimada em um milharal para um canavial e foi atropelado por uma colheitadeira. Ele está reagindo bem ao tratamento, mas não voltará à natureza, porque ele teve, por conta do calor, as duas retinas queimadas”, explica Natália.
Além das unidades estatais, entidades e clínicas particulares foram mobilizadas para oferecer atendimento gratuito em situações emergenciais.
O que fazer quando encontrar um animal silvestre perdido ou ferido?
A população é orientada a não tentar manusear animais feridos e a contatar a Polícia Militar Ambiental pelo telefone 190, o Corpo de Bombeiros, 193, ou as Guardas Municipais para realizar o resgate.
Clínicas veterinárias não especializadas devem encaminhar os animais para uma das unidades autorizadas do Cetras para garantir o tratamento adequado e a reabilitação necessária antes do retorno ao seu habitat natural.
Associação Protetora de Animais Silvestres (A)
A A é uma Associação sem fins Lucrativos, não governamental, de defesa dos Direitos Sociais; atua na defesa do meio ambiente, em especial à fauna Silvestre, Educação Ambiental, Ação Social e Atividades de apoio técnico/científicos. Possui 03 Projetos em andamento – O Projeto Arca de Noé que é o CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, CETAS (Centro de Triagem de Animais Silvestres) Mantenedouro de Fauna Silvestre, soltura e monitoramento.
– O Projeto Semeador com aulas de Educação Ambiental e parceria com a Secretaria da istração Penitenciária / Vara de Execução Criminal com Recepção de Apenados que necessitam prestar conversão de pena em serviços comunitários; Museu de Historia Natural , projeto em desenvolvimento que tem a finalidade de manter um banco de dados genéticos e peças de acervo para visitação em Museu, pesquisa e contemplação aproveitando o material descartado de animais que venham a óbito ou encontrados e encaminhado à A pelos diversos órgãos.
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