Saúde Mental: Brasil tem aumento de 40% em casos de depressão

Por Paula Moraes
A depressão é uma doença mental que afeta profundamente a qualidade de vida das pessoas. Seus sintomas podem ser físicos, emocionais e comportamentais, podendo podem interferir nas atividades diárias, nas relações interpessoais e no trabalho.
A depressão é um problema de saúde pública em todo o mundo e o Brasil não é exceção. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil teve alta de 40% nos casos de depressão entre a pré-pandemia e o primeiro trimestre de 2022.
Esse aumento significativo de depressão é um grande problema para o país, que já enfrenta uma crise econômica e social sem precedentes.
A depressão pode ter consequências graves, como suicídio, e é preciso tomar medidas para enfrentar esse problema de saúde pública.
Por que a depressão está aumentando no Brasil?
Existem diversas causas que podem colaborar para o aumento do número de casos de pessoas com depressão no Brasil.
A pandemia do COVID-19 é uma das principais responsáveis, pois trouxe consigo diversos fatores estressantes, entre eles a perda de emprego, o isolamento social, a perda de entes-queridos e a preocupação com a saúde.
Outras causas também estão relacionadas, como o aumento da violência, a instabilidade econômica e os problemas de saúde mental que já existiam antes da pandemia.
Em meio à crise sanitária e econômica, estes fatores podem influenciar diretamente em quadros de ansiedade e depressão. Além disso, a preocupação com a saúde e o medo do contágio também estão relacionados dessas doenças mentais.
Não é à toa que as terapias online tiveram um boom durante a pandemia, pois as pessoas buscaram formas de lidar com os novos problemas que surgiram.
Qual a maior causa de depressão no Brasil?
Não existe apenas um fator determinante para o surgimento da depressão, pois ela pode ser causada por fatores biológicos, psicológicos e sociais. Situações como divórcios, bullying, doenças crônicas, perda de emprego, traumas, abusos na infância e violência também estão relacionados à depressão.
Além disso, o Brasil é um país com grande desigualdade social, o que também pode causar o aumento de depressão entre a população.
Quem mais sofre de depressão no Brasil?
Segundo a OMS, as mulheres são mais afetadas pela depressão do que os homens.
Em todo o mundo, cerca de 12% das mulheres sofrem de depressão, enquanto apenas seis por cento dos homens têm a doença. O motivo para isso ainda não é totalmente compreendido, mas acredita-se que as mulheres têm mais responsabilidades em casa e no trabalho.
Além das mulheres, outros grupos de pessoas também estão mais propensos à depressão, como jovens adultos, idosos e pessoas que vivem em situações de vulnerabilidade social.
Políticas Públicas no auxílio da depressão no Brasil
O governo brasileiro tem investido em políticas públicas para auxiliar no tratamento da depressão. Programas como o Telessaúde e o aumento do número de leitos psiquiátricos no país são exemplos de ações que estão sendo tomadas.
Além disso, o Ministério da Saúde também disponibiliza o Centro de Valorização da Vida (CVV), que é um serviço gratuito de prevenção do suicídio. O atendimento ocorre pelo número 188 e pode ajudar pessoas que estão ando por momentos difíceis.
Campanhas de conscientização sobre depressão e saúde mental têm auxiliado para que as pessoas fiquem mais atentas aos sintomas da doença e busquem tratamento.
A depressão é um problema sério de saúde pública e o Brasil tem tomado medidas para enfrentar esse problema, no entanto, ainda há muito a ser feito, pois o número de casos continua aumentando.
Se a pessoa apresenta sintomas como perda de interesse nas atividades que gostava, isolamento social, alterações no sono e mudanças de apetite, é importante conversar com ela para ver se está tudo bem.
Além disso, você pode incentivar a pessoa a procurar tratamento, seja na rede pública ou privada de saúde.
Juntos, podemos vencer esse problema.
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Sobre a autora: Paula Moraes é redatora freelancer, estudante de Marketing Digital e entusiasta das práticas de SEO.
*A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião do Observatório do Terceiro Setor.