O Triângulo das Bermudas do Brasil, onde foram registrados 200 naufrágios

Compartilhar

Você já deve ter ouvido falar no Triângulo das Bermudas, uma região misteriosa onde já foram registrados diversos desaparecimentos de aviões e naufrágios. Mas você sabia que o Brasil também tem em seu litoral uma área conhecida pelo grande número de embarcações que afundaram? 

Naufrágios na região do Triângulo das Bermudas brasileiro /Imagem: Leo Francini/SECOM-MA.

O Triângulo das Bermudas é uma área do Oceano Atlântico que forma uma espécie de triângulo imaginário. Em suas pontas estariam a ilha de Bermudas, a cidade de San Juan (Porto Rico) e a cidade de Miami (Estados Unidos). A região é muito conhecida pelos mistérios que a envolvem, sobretudo em virtude do comportamento supostamente anômalo de suas águas e do desaparecimento de aviões e embarcações em sua área.

O mais antigo relato “sombrio” sobre o Triângulo das Bermudas foi feito por Cristóvão Colombo, que afirmava que a sua bússola apresentava um mau funcionamento no local, além de este ser muito perigoso e aparentemente emitir luzes embaixo do oceano. No entanto, o caso que fez com que o local ganhasse maior notoriedade foi um acidente ocorrido em 1945, quando cinco aviões americanos misteriosamente sumiram, vitimando dezenas de tripulantes.

Até hoje são registrados desaparecimentos de aeronaves, barcos e navios na área. Mas o que muitos não sabem é que o Brasil também tem seu Triângulo das Bermudas – uma área protegida com 45 mil hectares, onde já foram registrados cerca de 200 naufrágios.

Localizado a 80 quilômetros da Ilha dos Lençóis, no litoral oeste do Maranhão, o Parque Estadual Marinho do Parcel de Manuel Luís é conhecido como o “Triângulo das Bermudas” brasileiro.

O título se deve pela grande quantidade de navios que foram a pique, ao longo de décadas, por conta das fortes correntes marítimas e bancos de corais que se ocultam nas águas da região, considerada um dos maiores cemitérios de navios do mundo.

Apesar da boa visibilidade e da fauna variada no parcel, uma das maiores dificuldades é a forte correnteza que muda de direção, repentinamente, por conta da grande oscilação da maré.

Um dos naufrágios no local foi o do Ana Cristina, cargueiro que afundou em 1984. Esse imenso cemitério submerso abriga também as ruínas de embarcações como o Salinas, naufragado em 1904, West Point (1946) e o Ilha Grande (1962).

O parque tem também mais oito naufrágios e um sítio arqueológico com potencial a ser investigado, mas que dependem de pesquisas de campo mais aprofundadas para localização.

Fontes: Nossa/ UOL e Mundo educação/ UOL


Compartilhar