Trans, travestis e indígenas conquistam votos nas eleições municipais

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O número de pessoas trans e travestis eleitas foi de 20 contra 8 em 2016. Já indígenas foram 10 contra 6 nas eleições municipais adas

Trans, travestis e indígenas conquistam votos nas eleições municipais
Foto: Nas imagens, da esquerda para a direita, Isaac Piyãko e Duda Salabert.

Por: Júlia Pereira

Em eleição histórica, 20 pessoas que se identificam como transexuais ou travestis, de 18 cidades do país, foram eleitas para ocupar uma cadeira na Câmara de Vereadores.

O número de pessoas trans e travestis eleitas no Brasil neste ano representa um aumento de 150% em comparação à eleição de 2016, quando, segundo levantamento da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA). Naquele ano, foram 8 candidatos eleitos.

Foram registradas 318 candidaturas em 2020, um aumento de 257% em relação às 89 candidaturas de 2016.

Em São Paulo, se elegeram Erika Hilton (PSOL), Thammy Miranda (PL) e Carolina Iara, da Bancada Feminista (PSOL).

Em Aracaju (SE), Linda Brasil (PSOL) foi eleita com 5.773 votos, enquanto em Belo Horizonte a candidata Professora Duda Salabert teve a maior votação da história da capital mineira para o cargo com um total de 37.613 votos.

As outras 15 pessoas transexuais e travestis eleitas foram:

Paulinha da Saúde (MDB – Eldorado dos Carajás/PA)
Benny Briolly (PSOL – Niterói/RJ)
Kará (PDT – Natividade/RJ)
Paulette Blue (PSDB – Bom Repouso/MG)
Thabatta Pimenta (PROS – Carnaúba dos Dantas/RN)
Gilvan Masferrer (DC – Uberlândia/MG)
Lins Robalo (PT – São Borja/RS)
Regininha (PT – Rio Grande/RS)
Filipa Brunelli (PT – Araraquara/SP)
Isabelly Carvalho (PT – Limeira/SP)
Anabella Pavão (PSOL – Batatais/SP)
Regininha Lourenço (Avante – Araçatuba/SP)
Lorim de Valéria (PDT – Pontal/SP)
Tieta Melo (MDB – São Joaquim da Barra/SP)
Rebecca Barbosa (PDT – Salesópolis/SP)

Outras 170 pessoas que se identificam como transexuais ou travestis ficaram como suplentes em seus municípios.

CANDIDATOS INDÍGENAS CONQUISTAM PREFEITURAS

A diversidade também chegou às prefeituras de dez cidades brasileiras que, a partir de 2021, serão istradas por candidatos que se declaram indígenas, de acordo com apuração divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em 2016, seis candidatos indígenas foram escolhidos nas eleições municipais.

Quatro prefeitos indígenas conseguiram se reeleger. Entre eles está Isaac Piyãko (PSD), que recebeu 4.521 votos (54% dos votos válidos) para istrar a cidade acreana de Marechal Thaumaturgo.

Esta foi a segunda vez que a Justiça Eleitoral pediu que os candidatos declarassem sua cor/raça no momento do registro da candidatura.

O TSE adota a mesma classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que pergunta sobre a cor/raça da pessoa utilizando cinco categorias: branca, preta, parda, amarela e indígena.

Fontes: UOL e UOL


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