Talibã é acusado de espancar e matar policial grávida na frente da família

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A mulher, identificada como Banu Negar, foi espancada e alvejada em sua casa na capital da província de Ghor, no centro do país, segundo testemunhas

Banu Negar/ Foto: Reprodução

Soldados do Talibã estão sendo acusados de matar a tiros uma policial grávida na frente de sua família, em uma cidade no Afeganistão.

A mulher, identificada como Banu Negar, foi espancada e alvejada em sua casa, em Firozkoh, capital da província de Ghor, no centro do país, segundo testemunhas.

O assassinato ocorreu em meio a relatos crescentes de escalada da repressão às mulheres no país, desde que o grupo fundamentalista islâmico retomou o poder após 20 anos, em 15 de agosto.

No último sábado, forças especiais do Talibã encerraram, com tiros ao alto, um pequeno protesto de mulheres que exigiam aos novos governantes direitos iguais.

Segundo fontes contaram à BBC, membros do Talibã espancaram e mataram a policial na frente de seu marido e seus filhos, no sábado.

Parentes relataram que três homens armados invadiram a residência da família, revistaram a casa e amarraram todos que estavam presentes. A mulher trabalhava em uma prisão local e estava grávida de oito meses, de acordo com familiares.

À emissora britânica, o Talibã negou envolvimento na morte de Negar e disse que está investigando o caso.

Apesar de o grupo ter prometido um governo mais inclusivo e moderado, muitos afegãos, sobretudo mulheres, permanecem céticos e temem o futuro.

Da primeira vez em que estiveram no poder, os talibãs implementaram uma versão draconiana da lei islâmica, proibindo, por exemplo, que mulheres trabalhassem e que meninas fossem à escola.

Fonte: O Globo