Somente este ano, 626 crianças de até 5 anos morreram de covid no Brasil
Desde o início de 2021, 626 crianças de zero a cinco anos morreram em decorrência da covid-19 no Brasil. Doença também matou 796 crianças e adolescentes entre 6 e 19 anos

Segundo o último Boletim Epidemiológico da Covid-19, divulgado pelo Ministério da Saúde, somente este ano, 626 crianças de até 5 anos de idade morreram em decorrência da covid-19 no Brasil. E 10,5 mil da mesma faixa etária foram internadas em estado grave pela doença.
A covid-19 também matou 796 crianças e adolescentes entre 6 e 19 anos, em todo o país, e causou a internação de 9.396 pessoas na mesma faixa etária.
Para conter os números da pandemia entre as crianças, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou o uso da vacina da Pfizer em crianças entre 5 e 11 anos. Agora o governo federal e o estadual de São Paulo disputam a compra das doses, que são diferentes das aplicadas em adultos.
O secretário estadual de saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse que, se a Pfizer não liberar doses da vacina para crianças do estado de São Paulo, vai judicializar a questão e acionar o Supremo Tribunal Federal (STF), já que o estado possui autonomia para conter a epidemia.
“Na última sexta-feira, conversamos com a presidente da Pfizer, que disse que a prioridade seria o governo federal. Só que nós não aceitamos essa posição. Se até hoje, no período da tarde, a sua presidente no Brasil, Marta Diez, não se manifestar no sentido de autorizar a venda de 9 milhões de imunizantes para nossas crianças, nós estaremos judicializando no Supremo Tribunal Federal essa decisão para que dessa forma a proteção à vida seja mantida” disse.
O secretário lembrou a urgência de vacinar as crianças devido ao aumento nas mortes pela doença. “No próprio Estatuto da Criança e do Adolescente, as crianças têm os mesmos preceitos de proteção como todas as outras faixas etárias, especialmente da imunização. De março do ano ado até hoje, perdemos 2,5 mil crianças, especialmente na faixa de 0 a 9 anos em decorrência da Covid. Isso é uma emergência em necessidade de proteção para essas pessoas. Em fruto à presença de uma nova variante que tem uma característica que chamamos infectividade – maior transmissão de pessoa a pessoa -, maior risco essas crianças correm.”
Fontes: g1 e Ministério da Saúde