Tráfico humano no Brasil lucrou R$ 50 milhões e mantinha imigrantes presos

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Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa teria movimentado R$ 50 milhões nos últimos três anos com o tráfico internacional de pessoas e a migração ilegal. Quando migrantes chegavam ao Brasil, tinham seus documentos roubados e eram mantidos em cárcere privado

Imagem ilustrativa/ Foto: Adobe Stock

Uma organização criminosa cobrava até US$ 20 mil de pessoas interessadas em migrar para o Brasil, principalmente vindas do Oriente Médio. Além disso, ao final da viagem, a quadrilha roubava os documentos dos imigrantes e os mantinha em cárcere privado. O esquema foi desarticulado em operação da Polícia Federal realizada nesta quinta-feira (02/12).

Segundo a PF, a organização criminosa teria movimentado R$ 50 milhões nos últimos três anos com o tráfico internacional de pessoas e a migração ilegal. A operação aconteceu simultaneamente em São Paulo, Roraima, Amazonas e Acre, com o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão.

A organização criminosa atuava entre Bangladesh, Suriname, Guiana e Brasil. O esquema é chefiado por um cidadão bengalês e um grupo étnico que vive entre a Índia e Bangladesh. Segundo a polícia, trazia outros membros da sua etnia para o Brasil de forma ilegal.

Ele chegou a ter seu nome incluído na lista da Interpol. O líder da quadrilha foi preso recentemente na Colômbia e extraditado para o Brasil.

A PF afirma ainda que os migrantes eram mantidos presos pela quadrilha em razão do não pagamento de taxas extras durante a viagem.

As vítimas, que tinham seus documentos retidos, eram coagidas a prestar falsa notícia de perda da documentação perante a Polícia Civil de Roraima.

Fonte: CNN Brasil