Presidente da Fundação Palmares ofende congolês assassinado no Rio

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O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, fez posts em suas redes sociais atacando o congolês Moïse Kabagambe, assassinado em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro

Sérgio Camargo – Presidente da Fundação Palmares/ Foto: Agência Brasil | Moïse Kabagambe – assassinado no Rio de Janeiro/ Foto: Reprodução redes sociais.

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, fez posts em suas redes sociais no dia 11 de fevereiro atacando o congolês Moïse Kabagambe, espancado até a morte em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O congolês foi assassinado após cobrar pagamento de salário atrasado.

Camargo postou que a morte de Moïse foi consequência de seu “modo indigno de vida” e o chamou de “vagabundo”.

“Moïse andava e negociava com pessoas que não prestam. Em tese, foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes. A cor da pele nada teve a ver com o brutal assassinato. Foram determinantes o modo de vida indigno e o contexto de selvageria no qual vivia e transitava”, escreveu o presidente da Fundação Palmares.

O post gerou revolta até mesmo dos assessores do presidente Jair Bolsonaro, que nomeou Sérgio Camargo para o cargo. Uma das sugestões é que ele demita Camargo.

O post também gerou reação imediata de Rodrigo Mondego, procurador da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)-RJ, e que vem auxiliando a família de Moïse.

“Esse VAGABUNDO vai responder por essa mentira absurda que está falando. A família do Moïse está estarrecida com essa fala criminosa desse sujeito. Já estamos estudando as medidas cabíveis”, postou.

Fonte: g1


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