Perigo: superbactéria mata 5 bebês em hospital do MT

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Cinco bebês morreram no Hospital Estadual Santa Casa, de Cuiabá, no Mato Grosso, devido à infecção por uma bactéria multirresistente, chamada Klebsiella pneumoniae. Um novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) chama atenção para a ameaça de uma nova pandemia surgir devido à existência de superbactérias em águas sem tratamento

Imagem ilustrativa/ Foto: Adobe Stock

Cinco bebês morreram no Hospital Estadual Santa Casa, de Cuiabá, no Mato Grosso, devido à infecção por uma bactéria multirresistente, chamada Klebsiella pneumoniae.

Bactérias resistentes a medicamentos antimicrobianos, como os antibióticos, são conhecidas popularmente como superbactérias. O aumento no número desses microrganismos coloca em risco a saúde de humanos e de animais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A resistência aos antimicrobianos ocorre quando bactérias, vírus, fungos e parasitas não respondem mais aos medicamentos disponíveis. Como resultado da resistência aos medicamentos, os antibióticos e outros agentes antimicrobianos tornam-se ineficazes e infecções comuns tornam-se difíceis ou impossíveis de tratar, aumentando o risco de disseminação de doenças, casos graves e mortes.

A infecção por Klebsiella pneumoniae acontece a partir da exposição à bactéria, que pode acontecer pelo trato respiratório ou pela corrente sanguínea.

Em ambientes de saúde, ela pode ser transmitida através do contato pessoa a pessoa, como de um paciente a outro através de mãos contaminadas de profissionais de saúde ou de outros indivíduos. De maneira menos comum, há a contaminação pelo ambiente. Diferentemente de vírus, as bactérias não se espalham pelo ar.

Em geral, os pacientes hospitalizados podem ser expostos à Klebsiella quando estão em uso de respiradores, de cateteres intravenosos ou por meio do contato com feridas.

A resistência bacteriana está associada diretamente ao uso excessivo e incorreto de antimicrobianos disponíveis para o tratamento de infecções em humanos e em animais, alerta a OMS.

Um novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) chama atenção para a ameaça de uma nova pandemia surgir devido à existência de superbactérias em águas sem tratamento. Isso porque os antibióticos consumidos em quase todo o mundo acabam sendo lançados no meio ambiente, o que pode fazer com que as bactérias se multipliquem e se tornem mais resistentes.

Segundo o relatório, a população global consumiu 34,8 bilhões de antibióticos por dia somente em 2015, e cerca de 90% desses medicamentos foram parar no meio ambiente como substâncias ativas. Além disso, os dados apontam que 80% da água do mundo não recebe tratamento adequado e, mesmo em países desenvolvidos, as instalações de tratamento são, muitas vezes, incapazes de filtrar bactérias perigosas.

 

Fonte: CNN Brasil