Pela primeira vez na história, sudeste do país tem mais mortes que nascimentos

Compartilhar

Na 1ª semana de abril, a região sudeste teve mais mortes do que nascimentos, e pesquisadores apontam que fato inédito deve atingir todo o país. Previsões do IBGE apontavam que apenas em 2047 linhas de nascimentos e mortes iriam se cruzar, mas pandemia pode acelerar o fenômeno

Cemitério Vila Formosa, em SP/ Foto: Agência Brasil

Pela primeira vez na história, o número de mortes ultraou o de nascimentos na região sudeste do Brasil. A semana com o triste recorde foi a primeira de abril deste ano. A informação vem de dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais, disponibilizados no Portal da Transparência.

Foram 13.998 registros de nascimentos de 1º a 8 de abril na região sudeste, contra 15.967 registros de óbitos no mesmo período.

Os dados são preliminares, uma vez que os cartórios de todo o país têm o prazo de 10 dias para registrar nascimentos e óbitos, mas a tendência é de alta de mortes em relação aos nascimentos desde o ano ado.

Pesquisadores apontam que o fato inédito deve atingir o país como um todo no mês de abril.

Em 120 anos, a população do Brasil só cresceu. Na virada para o século XX, o país contabilizava 17,4 milhões de brasileiros. Atualmente, são 212,9 milhões de pessoas, de acordo com uma projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mesmo nas últimas décadas, com famílias menos numerosas, o país continuou crescendo, mas com uma diferença: o número de nascimentos começou a cair de forma gradual. Ou seja, a diferença entre nascimentos e óbitos ou a ficar cada vez menor.

A previsão do IBGE era a de que essas duas linhas iriam se cruzar em 2047. Mas a pandemia de Covid-19 pode adiantar em décadas esse fenômeno.

Fonte: G1