Parada do Orgulho LGBT+ volta às ruas de São Paulo em 19 de maio
Após dois anos de evento virtual, em decorrência da pandemia de Covid-19, a Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, considerada a maior do mundo, vai acontecer no próximo domingo, 19 de maio, a partir do meio dia

Por Iara de Andrade
Após dois anos celebrada virtualmente, em decorrência da pandemia de Covid-19, a Parada do Orgulho LGBT+ volta às ruas em 19 de junho de 2022.
Claudia Regina Garcia, presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOLGBT) diz que a 26ª edição do evento guarda grandes expectativas e acontece em ‘momento de desabafo’: “A parada não é só uma festa, é um momento de desabafo, de pedir democracia, e as pessoas estão sedentas por se manifestar”.
Segundo a associação, em 2019, 3 milhões de pessoas participaram do evento e houve um movimento de R$ 403 milhões na economia da cidade.
O tema deste ano, “Vote Com Orgulho”, foi escolhido em referência às eleições que serão realizadas em outubro. Os preparativos na Avenida Paulista já podem ser observados desde o início da semana, com palco, objetos com as cores do arco-íris e cartazes que mencionam a importância do voto.
Claudia defende que a comunidade precisa de um parlamento que a represente e impeça que pautas conservadoras avancem: “Nós não temos, hoje, uma lei que defenda o casamento homoafetivo, que seja contra a homofobia, apenas decisões do STF que podem ser revertidas a qualquer momento”. A presidente ainda lembra que além dos índices de violência contra mulheres e crianças, também aumentaram os casos de homofobia e transfobia, dentro e fora de casa.
Luísa Sonza, Gretchen, Pocah, Tiago Abravanel, Aretuzza Lovi e Liniker se apresentarão depois de 18 trios elétricos cruzarem a Avenida Paulista a partir das 12h. O carro de abertura será das Mães Pela Diversidade, organização não-governamental que reúne mães e pais de crianças, adolescentes e adultos LGBTTIAP+.
A Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo é realizada desde 1997. Cerca de 2 mil pessoas participaram de sua primeira edição, que ainda tinha o nome “Orgulho Gay”. Em 2016, o então prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad (PT), incluiu a parada no calendário oficial da cidade, atraindo patrocinadores e frequentadores.
Por já ter atingido a marca de 4 milhões de participantes, a edição brasileira do evento, que acontece no mundo todo, tem título certificado no Guinness, o livro dos recordes.
Fonte: UOL/ Universa