Organizações unem forças para abrigar animais atingidos por enchentes
Cerca de 60 animais atingidos pelas enchentes no Litoral Norte de São Paulo já foram adotados; a iniciativa é do projeto Moradores de Rua e Seus Cães e da ONG Formiguinhas em Ação, com apoio da Biovet

Por Ana Clara Godoi
As enchentes e deslizamentos de terra que atingiram o Litoral Norte de São Paulo deixaram cerca de 1.109 desalojados e 1.172 desabrigados. Em meio ao caos, diversos animais também ficaram sem ter para onde ir ou até mesmo sem ter o que comer por diversos dias. Pensando na segurança e saúde desses animais, ONGs e projetos sociais estão unindo forças para conseguir um lar para esses bichinhos e contribuir na recuperação daqueles que tiveram a saúde prejudicada.
“As ações iniciaram no dia seguinte à tragédia. A ONG Formiguinhas em Ação começou a arrecadação de itens, recebendo na sequência o apoio do Projeto Social Moradores de Rua e Seus Cães, que se juntou aos patrocinadores, na ajuda aos pets”, conta Edu Leporo, idealizador do projeto Moradores de Rua e Seus Cães.
Segundo Edu, a princípio, eram fornecidas apenas rações para alimentar os animais, porém observou-se a necessidade de estender o auxílio para a saúde dos cães resgatados. Por esse motivo, a Biovet, empresa que parceira do projeto social, uniu-se ao time. “Ficamos muito comovidos com a tragédia que ocorreu no litoral, e não tinha como esquecer dos animais que foram afetados. Por essa razão, não poderíamos deixar de ajudar com a doação de medicamentos como vermífugos, anti-inflamatórios e antimicrobianos para reforçar o cuidado com a recuperação desses animais resgatados”, explica Leandro Venditti, gerente de marketing da Biovet.
A ação realizada pelo Projeto Social Moradores de Rua e Seus Cães e a ONG Formiguinhas em Ação está atuando nos lugares afetados pelas grandes chuvas, o foco é conseguir levar ajuda para lugares de difícil o. “A ação tem sido feita de barco. Nosso foco são às famílias que não foram beneficiadas pelas doações das grandes ONGs. Estamos indo em ilhas e comunidades ribeirinhas que ninguém chegou ainda”, conta Leporo.
Através da ação, mais de 60 animais dessas comunidades já foram encontrados e adotados. Aqueles que ainda não têm um lar estão sendo abrigados em escolas e casas de pequenas protetoras locais.
A ação contribui para o ODS 15, meta da Agenda 2030 da ONU que promove iniciativas em prol da vida terrestre.