ONU: longe de reduzir o desmatamento, países não têm planos concretos

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Uma nova análise enfatiza que vários países que ainda estão longe da meta de reduzir o desmatamento não têm planos concretos. O estudo da parceria UN-Redd envolve diferentes agências especializadas da ONU, entre elas o Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA), Programa da ONU para o Desenvolvimento (PNUD) e a ONU para Alimentação Agricultura (FAO).

Imagem: Adobe Stock

 

Uma nova análise enfatiza que vários países que ainda estão longe da meta de reduzir o desmatamento não têm planos concretos. O estudo da parceria UN-Redd envolve diferentes agências especializadas da ONU, entre elas o Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA), Programa da ONU para o Desenvolvimento (PNUD) e a ONU para Alimentação Agricultura (FAO).

No grupo de 20 Estados onde o desflorestamento tropical mais ocorre, o Brasil está entre oito nações que definiram metas para desacelerar a perda de cobertura florestal em nível nacional.

Moçambique é outro país de língua portuguesa no grupo que integra Bolívia, Peru, México, Colômbia, Camarões, Cote d’Ivoire ou Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Guiné Conacri, Libéria, Madagáscar, Serra Leoa, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Tailândia e Vietnã.

Coletivamente, estes territórios emitiram 5,6 bilhões de toneladas de CO2 equivalente (tCO2e), através do desmatamento tropical a cada ano entre 2019 e 2023.

A análise alerta que o tempo está se esgotando para proteger as florestas do mundo na sequência do compromisso assumido na Declaração de Líderes de Glasgow, prevendo reverter a perda florestal até 2030.

Em termos de metas internas, o relatório Aumentar a ambição, acelerar a ação: Rumo a Contribuições Nacionalmente Determinadas aprimoradas para florestas aponta grandes lacunas florestais em campos como proteção, gestão e restauração.

As emissões resultantes do desmatamento tiveram uma alta desde a Declaração dos Líderes de Glasgow sobre Florestas e Uso da Terra buscando “interromper e reverter a perda florestal e a degradação da terra até 2030, ao mesmo tempo em que proporciona desenvolvimento sustentável e promove uma transformação rural inclusiva”.

Aumento nas emissões resultantes do desflorestamento

Entre 2019 e 2022, o Brasil aparece como uma exceção na América Latina e o Caribe diante do aumento nas emissões resultantes do desflorestamento. Em terras brasileiras, a desflorestação teve uma queda de 22%.

O relatório indica que em relação às promessas feitas entre 2017 e 2023, os países não atingiram as metas globais de redução pela metade ou reversão do desmatamento que se pretende até 2030. Apenas oito das 20 nações com maior desflorestamento tropical estabeleceram metas para reduzir a perda de cobertura de árvores em suas NDCs.

O México destaca-se por ter incluído uma meta de adaptação para atingir zero líquido até 2030. A área mexicana reflorestada corresponderia ou excederia a área desmatada.

A Bolívia mira em baixar o desmatamento em 80% até o fim da década. Mais da metade dessa redução está condicionada ao apoio internacional.

Ainda em relação ao Brasil, as NDCs não contêm nenhuma meta relacionada a florestas. No entanto, o Plano de Ação para prevenção e controle do desmatamento na Amazônia Legal prevê acabar com a desflorestação até 2030.

A análise internacional conclui que os compromissos dentro das NDCs dos 20 países com as maiores emissões por perda de cobertura de árvores não são suficientes para atingir a meta definida.

 

Fonte: ONU News

 

 


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