ONU: 67% dos mortos em Gaza são mulheres e crianças
Na última terça-feira (21/11), o Conselho de Segurança da ONU se reuniu para avaliar o impacto da violência em Gaza nos civis, especialmente mulheres e crianças. Estima-se que 67% dos mortos em bombardeios na Faixa de Gaza são mulheres e crianças.

Na última terça-feira (21/11), o Conselho de Segurança da ONU se reuniu para avaliar o impacto da violência em Gaza nos civis, especialmente mulheres e crianças. Estima-se que 67% dos mortos em bombardeios na Faixa de Gaza são mulheres e crianças.
A chefe da ONU Mulheres, Sima Bahous, explicou que elas foram diretamente afetadas pela escassez de assistência médica desde o aumento dos combates. Segundo a representante, sete mulheres são mortas a cada duas horas na região.
Após o acordo de pausa humanitária de quatro dias, representantes de diversas agências da ONU afirmaram que a pausa é bem-vinda, mas as necessidades são crescentes.
A diretora-executiva da ONU Mulheres destacou que o número de civis mortos desde 7 de outubro é o dobro do que foi registrado nos últimos 15 anos.
Sima Bahous apontou que além da destruição de casas, que causou o deslocamento de milhares de pessoas, aqueles que são feridos com a violência também não encontram serviços de saúde disponíveis.
Segundo ela, cerca de 180 partos acontecem diariamente em Gaza sem água, anestesias e eletricidade para incubadoras e material médico. Sima Bahous afirma que, antes da atual escalada, havia 650 mil mulheres e meninas precisando de assistência humanitária em Gaza. Agora, essa estimativa subiu para 1,1 milhão, incluindo quase 800 mil mulheres deslocadas internamente.
Destacando o efeito da violência em crianças, a diretora executiva do Fundo da ONU para Infância, Unicef, declarou que pausas humanitárias não são suficientes para que os trabalhadores entreguem toda a ajuda necessária.
Para Catherine Russel, um cessar-fogo imediato é urgente para dar fim ao “massacre” em Gaza. Segundo ela, relatos indicam que mais de 5,3 mil crianças palestinas foram mortas em 46 dias, ou mais de 115 por dia. Catherine Russel adiciona que isso representa 46% das mortes em Gaza, uma taxa sem precedentes.
A diretora executiva do Unicef afirma que “a Faixa de Gaza é o lugar mais perigoso do mundo para ser uma criança”. Ela destacou registros de mais de 1,2 mil menores desaparecidos ou que seguem sob os escombros de prédios bombardeados.
Russell ressaltou que o número de mortes na crise atual ultraou amplamente o total observado nas escaladas anteriores. Um total de 1.653 crianças foi verificado como mortas em 17 anos de monitoramento de graves violações entre 2005 e 2022.
Fonte: ONU News