Negros são 46% no Terceiro Setor, mas enfrentam desigualdade salarial
De acordo com estudo da Abong, trabalhadores negros de organizações do terceiro setor recebem em média 27% menos do que trabalhadores brancos

Por: Isabela Alves
46% das pessoas que atuam em organizações do terceiro setor no Brasil são negras (pretas e pardas), no entanto, existe uma discrepância alarmante entre brancos e negros quando se trata de remuneração, cargos ocupados e perspectivas de ascensão profissional. As informações são do relatório ‘Quantos somos">, produzido pela Abong.
Em 2019, houve um aumento de empregabilidade de brancos nas organizações da sociedade civil (OSCs), sendo 157.944 pessoas contratadas (52,81%). Neste mesmo ano, as pessoas negras ganharam em média 27,07% menos que as pessoas brancas.
O estudo revelou que as pessoas negras são as que exercem cargos que exigem um grau menor de escolaridade, o que indica que existe uma dificuldade maior para ascensão profissional.
Os homens brancos possuem a maior participação (44,92%) na faixa dos salários mais altos, sendo mais de 20 salários mínimos, enquanto as mulheres negras são a maioria nas faixas que representam os menores salários.
As mulheres brancas também ganham mais que os homens negros e as mulheres negras. Na faixa dos salários mais altos, apenas 10,01% são mulheres pretas e pardas.
A função mais exercida por pessoas negras de 2017 até 2019 foi a profissão de auxiliar de escritório, sendo de 51,81% (2017), 56,50% (2018) e 51,51% (2019). Já a função de assistente istrativo é mais comandada por pessoas brancas, indo de 58,35% em 2015 para 46,98% em 2019.
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Fonte: Setor 3