IBGE realiza parceria com Data Favela e Cufa para agilizar entrevistas do Censo em comunidades

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A campanha nacional ‘Favela no Mapa’, do IBGE, Cufa e Data Favela, conta com a atuação da sociedade civil para aumentar o índice de respostas ao Censo 2022 nas comunidades  

IBGE
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil


Por Suevelin dos Santos
 


Em colaboração inédita, o I
nstituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) firmou parceria com a Central Única das Favelas (Cufa) e com o instituto Data Favela para agilizar a coleta de dados para o Censo 2022 que está na reta final. A ação, chamada Favela no Mapa, visa reduzir o percentual de domicílios das comunidades que não responderam à operação censitária. A primeira mobilização acontece neste sábado (25/03), a partir das 9h, em São Paulo e no Rio de Janeiro, estendendo-se para diferentes regiões do país. 

Segundo o IBGE, nas áreas de favelas e comunidades urbanas, além de ausência e recusa, há outros desafios: muitas vezes não existe endereço, o que dificulta o percurso dos recenseadores e o registro dos domicílios. Moradores das favelas serão ”guias” para os recenseadores em locais de mais difícil o, auxiliando no levantamento de dados. Também ocorrerão as “viradas da madruga”, quando a coleta de dados será realizada em horário alternativo para entrevistar moradores que trabalham durante todo o dia. 

“Nas áreas mais densas, a coleta também pode ser dificultada, pois há maiores chances de omissão de domicílios (de fundos ou na laje) por parte do recenseador. Há ainda problemas de o e circulação em algumas comunidades por causa de desconhecimento do recenseador e receio do morador em receber [o recenseador]”, informou o instituto. 

A pesquisa Data Favela 2023, divulgada em 17 de março, mostrou que o número de favelas dobrou na última década, totalizando 13.151 mapeadas pelo país. São estimados 5,8 milhões de domicílios em favelas com 17,9 milhões de moradores.   

“A favela já é um território claramente invisibilizado e ficar fora do Censo seria aumentar esse cenário, além de não possibilitar que políticas públicas que atuam na redução da pobreza e promoção de oportunidades cheguem nesse território. É exatamente por isso que nós enxergamos que o Data Favela e o IBGE podem trabalhar em parceria para o correto mapeamento das favelas brasileiras pelo Censo”, disse o fundador do Data Favela, Renato Meirelles. 

A iniciativa contribui para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 01, 02, 03, 04, 06, 07, 08, 10 e 11, da Agenda 2030 da ONU. Tais ODS dizem respeito à erradicação da pobreza, da fome; saúde e bem-estar, educação de qualidade, água potável e saneamento, energia ível, trabalho descente, redução das desigualdades, cidades e comunidades sustentáveis.  

Fonte: Agência Brasil 


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