Gerando Falcões arrecada mais de R$ 14 milhões para ajudar vítimas do litoral de SP
Em relatório, Gerando Falcões apresenta plano de ação utilizado para auxiliar vítimas das chuvas no litoral de São Paulo; Edu Lyra, fundador da organização, propõe criação de pacto social para prevenir novas tragédias

Por Redação
A Gerando Falcões acaba de divulgar o relatório de prestação de contas da campanha #TamoJunto, iniciada para ajudar as famílias que sofreram com as enchentes que tiveram início no sábado de carnaval (18/02), no litoral de São Paulo. A organização conseguiu arrecadar a curto prazo mais de R$ 14 milhões para apoiar as pessoas desabrigadas.
“As mudanças climáticas vieram para ficar e o que podemos fazer é planejar. Tornar as cidades mais resilientes, unir a sociedade em um pacto com metas traçadas para impedir que a catástrofe volte a acontecer no verão do ano que vem (…) Proponho criarmos um pacto social com todos os setores, Estado, governos, terceiro setor, comunidades e iniciativa privada. Traçar uma estratégia, desenhar um plano que pode demorar dez, vinte anos para se concretizar, mas que tenha metas claras, mensais, trimestrais e anuais. Temos inteligência e bondade para isso”, afirma Edu Lyra, Fundador e CEO da Gerando Falcões.
O relatório indica as regiões contempladas, número de voluntários, organizações sociais apoiadoras, quantidade de famílias impactadas, origem de doações financeiras, produtos e ree para outras ongs. A destinação do valor arrecadado foi dividida em três fases: medidas emergenciais, reconstrução e prevenção.
1 ª fase – Emergencial
A fase emergencial priorizou a entrega de recursos para cobrir as necessidades básicas dos moradores atingidos. Com o auxílio de 25 colaboradores da ONG, 17 voluntários e mais de 50 organizações foi possível atender 39 mil pessoas e impactar 9000 famílias. Nessa primeira etapa R$ 950 mil foram doados.
A operação logística para doar itens prioritários, como 4489 cestas básicas, 14 mil roupas e sapatos, mais de 35 mil litros de água e 492 medicamentos, contou com diversos meios de transporte, desde caminhões e vans até helicópteros e barcos.
2 ª fase – Reestruturação
No segundo estágio, houve a articulação de soluções de reurbanização, como moradia transitória, abrigos em pousadas e hotéis e a construção de novas casas que contou com a colaboração dos governos Federal, Estadual e Municipal, empresas e demais organizações locais e nacionais.
O valor estimado que deverá ser aplicado nas ações propostas nesse ciclo é de R$ 14.8 milhões. Abaixo, segue detalhamento de todas as atividades contempladas:
3 ª fase – Prevenção
Nesta etapa o foco é fazer um planejamento a longo prazo para que os territórios atingidos não sejam mais vulneráveis a desastres ambientais.
Entre as prioridades estão a capacitação de organizações e lideranças locais, moradores e demais agentes, bem como a criação e implementação de protocolos e manuais aplicáveis a nível nacional. A quantia estimada para esta última fase é de R$ 1 milhão.
A Gerando Falcões é um ecossistema de desenvolvimento social que atua por meio da estratégia em rede e presente atualmente em cerca de 6 mil favelas de todo o Brasil, alcançando mais de 715 mil pessoas e envolvendo 1,2 mil ONGs. Nascida com a missão de transformar a pobreza da favela em peça de museu antes que o planeta Marte seja colonizado, tem pela frente o trabalho de modificar uma realidade em que cerca de 30% da população brasileira ainda vive em situação de vulnerabilidade.