Gaza: 1 em cada 6 bebês está severamente desnutrido

Compartilhar

No norte de Gaza, uma em cada seis crianças com menos de dois anos (bebês) está severamente desnutrida. O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Ghebreyesus, disse que “os menores que sobreviveram a bombardeios podem não sobreviver à fome”. 

Imagem: Adobe Stock

No norte de Gaza, uma em cada seis crianças com menos de dois anos (bebês) está severamente desnutrida. O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Ghebreyesus, disse que “os menores que sobreviveram a bombardeios, podem não sobreviver à fome”.

A OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), alertaram para os níveis extremos de insegurança alimentar infantil no norte de Gaza, com pelo menos 15 crianças mortas por desnutrição e desidratação no Hospital Kamal Adwan e outras seis gravemente desnutridas em risco de morte.

O Unicef afirmou que as taxas de desnutrição para crianças menores de cinco anos no norte de Gaza, onde o o à ajuda tem sido limitado, são três vezes maiores do que as do sul.

Em conversa com jornalistas nesta quarta-feira, o coordenador humanitário interino da ONU para o Território Palestino Ocupado, Jamie McGoldrick, disse que a desnutrição está causando mais casos médicos do que as equipes são capazes de lidar.

Ele mencionou que a situação da fome é desesperadora e que nesta terça-feira 14 caminhões do Programa Mundial de Alimentos (PMA), que se dirigiam ao norte foram “completamente saqueados”.

Atualmente, a Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos (Unrwa), estima que a população do norte de Gaza e das províncias adjacentes seja de até 300 mil pessoas. A capacidade da agência de fornecer apoio humanitário e dados atualizados foi severamente restringida.

Os caminhões da Unrwa têm lutado para entrar na Faixa de Gaza devido à guerra e à abertura inconsistente de ambas as travessias. A segurança para istrar a agem de Rafah, no Sul, foi severamente afetada devido à morte de vários policiais palestinos em ataques aéreos israelenses perto da travessia no início de fevereiro.

Houve relatos de intensos bombardeios aéreos, terrestres e marítimos de forças israelenses em grande parte do enclave nesta quarta-feira, resultando em mais vítimas civis, deslocamentos e destruição de infraestrutura civil.

Os ataques aéreos continuam em Rafah, onde em 2 de março houve relatos de bombardeios perto de um hospital de saúde primária materna apoiado pela Organização Médicos Sem Fronteiras.

Até 4 de março, cerca de 1,7 milhão de pessoas, o que representa mais de 75% da população, foram deslocadas em toda a Faixa de Gaza. As famílias são forçadas a se mudar repetidamente em busca de segurança.

 

Fonte: ONU News

 


Compartilhar