Garimpeiros armados invadem aldeia e indígenas fogem para não morrer

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Ao todo, indígenas Yanomami já sofreram 23 ataques de garimpeiros desde 10 de maio. Após uma das invasões, duas crianças Yanomami, de 1 e 5 anos, foram encontradas mortas

Foto: Miranda/ Fundai

Em pleno século XXI, indígenas no Brasil ainda sofrem com a invasão e os ataques de garimpeiros a suas aldeias. Indígenas têm abandonado as comunidades e fugido para a floresta devido a ataques de garimpeiros armados na Terra Yanomami, em Roraima.

Ao todo, já foram mais de 23 ataques, desde o dia 10 de maio, informou o Conselho de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuanna (Condisi-YY).

O último ataque aconteceu no domingo (13/06), na comunidade Palimiú, às margens do rio Uraricoera, trajeto usado pelos invasores para chegar até os acampamentos no meio da floresta. Pelo menos 1,2 mil indígenas vivem na área.

Dessa vez, conforme relato dos lideres à Hutukara Associação Yanomami (HAY), os garimpeiros chegaram ao local divididos em três barcos e, após atracarem nas margens da comunidade, iniciaram os disparos. Os indígenas precisaram se esconder na mata para fugir dos tiros.

Após uma das invasões à comunidade Palimiú, líderes indígenas afirmaram que duas crianças Yanomami, de 1 e 5 anos, foram encontradas mortas.

Segundo Júnior Hekurari Yanomami, presidente do Condisi-YY, a entrada dos garimpeiros no território Yanomami tem aumentado desde 2019, e não houve fiscalização da Fundação Nacional do Índio (Funai), Polícia Federal e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Em 2020, primeiro ano da pandemia, o garimpo ilegal avançou 30% na Terra Yanomami. Só o rio Uraricoera concentra 52% de todo o dano causado pela atividade ilegal.

Fonte: G1


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