Fundador da CUFA é reconhecido pelo Fórum Econômico Mundial
Celso Athayde, fundador da CUFA (Central Única das Favelas), foi nomeado Empreendedor Social e Inovação do ano pela Fundação Schwab e pelo Fórum Econômico Mundial
Por Juliana Lima
O fundador da CUFA (Central Única das Favelas), Celso Athayde, foi nomeado Empreendedor Social e Inovação do ano em uma premiação realizada pela Fundação Schwab, ligada ao Fórum Econômico Mundial. Agora, o brasileiro a a integrar uma rede mundial de inovadores sociais.
A nomeação de Athayde já havia sido feita em outubro do ano ado, mas a cerimônia oficial foi realizada no dia 18 de janeiro, de forma virtual, diretamente de Davos, na Suíça, onde está sendo realizado o Fórum. A premiação da Schwab acontece há 20 anos, sempre reconhecendo os melhores empreendedores sociais do mundo. Em 2021, foram 15 líderes sociais premiados.
Celso Athayde foi reconhecido por seu trabalho à frente da CUFA, que durante a pandemia lançou diversos projetos para atenuar os impactos da crise e do isolamento social nos moradores de favelas de todo o país. A campanha CUFA Contra o Vírus, por exemplo, distribuiu cestas básicas aos moradores, enquanto o Mães da Favela ofereceu bolsa-auxílio para mães solo das favelas.
Ao todo, foram mais de 15 milhões de pessoas impactadas pelo trabalho da Central Única das Favelas. “Desde o início da pandemia sabia que a favela seria a mais afetada pelo vírus. Não poderíamos ficar de braços cruzados, fomos à luta e ajudamos com o mínimo que as pessoas precisam”, diz Celso Athayde.
Athayde também é o criador da Favela Holding, uma das primeiras holdings sociais do país. São 23 empresas parceiras com o objetivo de desenvolver novos negócios e gerar emprego nas comunidades, indo desde o comércio de agens aéreas e pacotes de viagens para moradores de favelas até a logística de entregas de produtos de beleza em comunidades, feitas por egressos do sistema prisional, e a maior agência de live marketing em favelas do Brasil.
No final de 2021 e início de 2022, com as fortes chuvas causando enchentes e deslizamentos em diversos locais do país, a CUFA também se uniu à Frente Nacional Antirracista (FNA) para ajudar famílias que tiveram prejuízos, já conseguindo arrecadar mais de R$ 80 milhões convertidos em doações.
“As necessidades da favela não param, as pessoas sentem fome, não têm o que comer e a gente tem que agir. É isso que me move, é por isso que levanto todos os dias e vou para cima, para poder ajudar quem precisa. É isso que vou levar para a comunidade de inovadores sociais”, diz Celso Athayde.