FreeHelper: plataforma conecta voluntários e organizações sociais

Startup social FreeHelper seleciona voluntários de acordo com suas habilidades, e organizações de acordo com suas necessidades para fazer a conexão perfeita

Por Juliana Lima

Segundo uma pesquisa do Itaú Social e Instituto Unibanco, realizada pelo Datafolha em outubro de 2021, cerca de 71% dos brasileiros têm interesse pelo voluntariado, mas apenas 35% dizem já ter tido a oportunidade de fazer algum trabalho ou ação voluntária. Hoje, diversas iniciativas tentam conectar pessoas a organizações sociais e incentivar o voluntariado no país. Uma delas é a FreeHelper, uma startup social sem fins lucrativos que tem como objetivo profissionalizar o terceiro setor por meio da conexão com pessoas capacitadas e engajadas.

A plataforma da FreeHelper funciona como um “match” entre o que as organizações precisam e o que cada voluntário pode oferecer. Primeiro, a equipe da startup faz um mapeamento das organizações parceiras que são cadastradas no site e analisa as demandas de cada uma. Depois, recorre ao banco de dados dos voluntários, faz um breve processo seletivo e conecta ambas as partes, que podem trabalhar juntas remotamente.

Para ajudar as organizações, a pessoa precisa apenas fazer um cadastro no site contando um pouco sobre suas habilidades e conhecimentos, seja profissionalmente ou como estudante. “Um FreeHelper é igual a um freelancer de ajuda, um freelancer do bem”, comenta Pedro Eilert, head de Tech & Creativity da iniciativa. Atualmente, a plataforma conta com mais de 6.500 voluntários de todo o Brasil e já entregou mais de 350 ações voluntárias profissionais.

Uma das características principais da startup é que, diferente de outras iniciativas do tipo, ela continua acompanhando o trabalho dos voluntários dentro das organizações, oferecendo o e necessário e realizando uma mensuração e da ação no final. Segundo a iniciativa, essa é uma forma de profissionalizar as organizações e aumentar seu impacto ao mesmo tempo em que se oferece uma boa experiência para os voluntários.

Eliert diz ainda que uma das missões da FreeHelper é conectar pessoas de diferentes regiões do país que não teriam a oportunidade de atuar juntas de outra maneira. Ele cita o exemplo de uma ação de edição de vídeo para uma organização do Rio de Janeiro que foi feita por um voluntário brasileiro morando no Japão. Em outro caso, voluntários que moravam em estados diferentes, mas trabalhavam na mesma área, se conheceram por meio da plataforma e viraram parceiros de trabalho em outros projetos.

O social também no segundo setor

Um segundo serviço oferecido pela FreeHelper está mais ligado às empresas e corporações, que querem trabalhar em cima de sua responsabilidade social. Hoje, a agenda ESG, que diz respeito às responsabilidades sociais, ambientais e de governança no segundo setor, está cada vez mais forte no Brasil e no mundo. Cobradas pela sociedade, as empresas podem encontrar nas organizações sociais grandes parceiros.

Para as empresas que investem socialmente na startup, são oferecidas como contrapartida as possibilidades de receber ações de marketing social, o a relatórios de impacto periódicos, selos e certificados que comprovam o impacto gerado pela parceira.

Há ainda os Programas de Voluntariado Expert, em que colaboradores das empresas são convidados a ser voluntários nas organizações cadastradas na plataforma. “Eles podem doar seus conhecimentos de uma maneira simples, rápida e totalmente remota. É a chance da empresa doar seu maior ativo, o conhecimento do seu time, para fazer o bem”, diz Pedro Eliert.

Com as ações promovidas por meio da FreeHelper, já foram impactadas aproximadamente 4 milhões de pessoas, além de mais R$ 8 milhões de impacto financeiro para as organizações ajudadas. Segundo Eliert, o trabalho promove não só o voluntariado no Brasil, mas também os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, já que grande parte das organizações atuam em algum dos objetivos postos pela agenda.

Para conhecer mais sobre a startup social, e o site.