Equipe de Refugiados representa 120 milhões de deslocados nas Olimpíadas
Direitos HumanosNos Jogos de Paris 2024, a Equipe Olímpica de Refugiados é composta por 37 atletas de diferentes nacionalidades, que representam as mais de 120 milhões de pessoas deslocadas no mundo. Para selecionar os participantes, o Comitê Olímpico Internacional utiliza critérios como a diversidade de países e equilíbrio de gênero.

Surgindo pela primeira vez nas Olimpíadas do Rio 2016, a Equipe Olímpica de Refugiados representa as mais de 120 milhões de pessoas que sofrem com deslocamento forçado por conflitos. Nesta edição Olímpica de Paris, a delegação dos refugiados é composta por 37 atletas que competem em 12 esportes. A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), o Comitê Olímpico Internacional (COI), o Comitê Paralímpico Internacional (I) e a Fundação Olímpica de Refugiados (FOR) trabalham em conjunto para apoiar estes atletas.
A equipe de refugiados surgiu em 2015, por meio de uma parceria do ACNUR com o Comitê Olímpico Internacional. O Conselho Executivo do COI também é responsável pela escolha dos atletas participantes, utilizando critérios como a diversidade de países representados e equilíbrio de gênero.
Pela primeira vez, os competidores refugiados possuem um próprio emblema, um coração, que se assemelha ao logo da Fundação Olímpica de Refugiados (FOR), organização que funciona de forma semelhante ao Comitê Olímpico Nacional tradicional.
Para o Alto Comissário do ACNUR e Vice-Presidente da FOR, Filippo Grandi, o esporte é um símbolo de esperança e paz. “A Equipe Olímpica de Refugiados é um farol para pessoas em todos os lugares. Esses atletas mostram o que pode ser alcançado quando o talento é reconhecido e desenvolvido, e quando as pessoas têm oportunidades de treinar e competir ao lado das melhores em suas áreas. Eles são nada menos do que uma inspiração”, afirmou.
Nos Jogos Olímpicos de Paris, a Equipe Olímpica de Refugiados bateu recorde em quantidade de atletas, com 37 representantes originários de países como Síria, Sudão, Irã e Afeganistão. Este número é quase 4 vezes se comparado aos atletas que competiram no Rio, em 2016.
Segundo Filippo Grandi, o esporte também é fundamental para os milhões de refugiados do planeta. “Ele reúne as pessoas, beneficia a saúde mental e física, dá às crianças oportunidades positivas de interações e ensina valiosas lições de vida. Nossa parceria com o Comitê Olímpico Internacional é valorizada e valiosa, e espero vê-la crescer”.
A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) é uma organização presente em 135 países, dedicada a salvar vidas, assegurar os direitos e garantir um futuro digno a pessoas que foram forçadas a deixar suas casas e comunidades devido a guerras, conflitos armados, perseguições ou graves violações dos direitos humanos. Em 2022, o ACNUR lançou sua primeira estratégia global de esportes, intitulada como “Mais do que um Jogo”, que delineia a convicção da organização no poder do esporte e no engajamento com o setor para beneficiar pessoas forçadamente deslocadas e apátridas.