Dia mundial destaca a força de refugiados em tempos de crise climática
Por Redação
Em 2024, o tema do Dia Mundial do Refugiado é “Mudança no clima, mudança na jornada: protegendo pessoas deslocadas também das mudanças climáticas.” A ênfase está na resiliência dos refugiados diante das mudanças climáticas, destacando suas ações na linha de frente da crise climática e a busca por soluções duradouras para aqueles que foram deslocados à força. Reconhecer a mudança climática como uma causa fundamental do deslocamento é crucial para quebrar o ciclo de deslocamento e encontrar soluções sustentáveis.
Há várias maneiras de apoiar a causa dos refugiados. Uma das formas é através de doações, que ajudam a suprir necessidades básicas como alimentação, saúde, moradia, educação e água potável para milhões de famílias refugiadas. Além disso, é possível defender a causa ampliando o conteúdo nas redes sociais no Dia Mundial do Refugiado, seguindo e compartilhando informações. Outra forma de contribuir é se informando sobre as últimas estatísticas e tendências do deslocamento forçado globalmente, entendendo como os refugiados e deslocados são impactados pela crise climática.
Organizações do terceiro setor tem como foco a atuação nesta causa, conheça abaixo:
ACNUR
A ACNUR é uma agência da ONU que atua para assegurar e proteger os direitos das pessoas em situação de refúgio em todo o mundo. Junto à diversas organizações da sociedade civil, a ACNUR desenvolve campanhas, promove o empoderamento de refugiados, incentiva a prática do esporte, o o à cultura e participa da criação de políticas públicas. A Agência também permite que pessoas interessadas realizem doações, que são destinadas às famílias nos campos de refugiados em todo o mundo.
Abraço Cultural
O Abraço Cultural capacita pessoas refugiadas através da educação. Por meio de cursos oferecidos à comunidade local, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, a organização possibilita que pessoas migrantes atuem como professoras de idiomas e garantam sua renda. Ao todo, o Abraço Cultural possui cursos de árabe, espanhol, francês e inglês. e o site para se inscrever.
Aldeias Infantis SOS
Em abril de 2023, a Aldeias Infantis SOS superou a marca de quatro mil refugiados acolhidos no Brasil, um trabalho realizado em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). A Aldeias Infantis SOS (SOS Children’s Villages) é uma organização global, de incidência local, que atua no cuidado e proteção de crianças, adolescentes, jovens e suas famílias. A organização lidera o maior movimento de cuidado infantil do mundo e atua junto a meninos e meninas que perderam o cuidado parental ou estão em risco de perdê-lo, além de dar resposta a situações de emergência.
Comiva
A Comiva é uma organização social comprometida em atender crianças, adolescentes, mulheres e refugiados em situação de vulnerabilidade na cidade de São Paulo. Ao todo, são 255 pessoas atendidas atualmente, com destaque para àquelas provenientes da Síria, Venezuela, Afeganistão e outras regiões do mundo. Os cursos e atividades socioeducativas oferecidas são voltados à arte, cultura e esportes.
A organização também conta com o projeto LAR, que responde às necessidades mais básicas e urgentes de refugiados e solicitantes de refúgio sírios em solo brasileiro. O programa oferece curso de português, assistência jurídica, cadastro em sistemas de recrutamento para o mercado de trabalho, além de amparo em relação a moradia, saúde, alimentação e integração social.
Missão Paz
A Missão Paz é uma instituição filantrópica scalabriniana de apoio e acolhimento a imigrantes e refugiados na cidade de São Paulo, em atividade desde os anos 1930. Ao longo de sua história, recebeu e atuou em favor de migrantes de diferentes partes do mundo, atendendo atualmente indivíduos de mais de 70 nacionalidades. Com o objetivo de acolher migrantes, solicitantes de refúgio, refugiados e apátridas, a Missão Paz visa possibilitar sua integração e protagonismo em novos contextos sociais, promovendo políticas públicas e o a direitos por meio do diálogo com diferentes esferas nacionais e internacionais. Sua estrutura atual é formada por cinco grandes eixos: a Casa do Migrante, que acolhe até 110 indivíduos; o Centro Pastoral e de Mediação dos Migrantes (MM), que oferece assistência documental e jurídica, inserção laboral, capacitação, saúde e serviço social; o Centro de Estudos Migratórios (CEM); os Eixos Transversais, que incluem Advocacy, Projetos, Webradio Migrantes e Comunicação; e a Igreja Nossa Senhora da Paz, que acolhe várias comunidades e celebra missas em diferentes idiomas com uma abordagem ecumênica e inter-religiosa. O Padre Paolo Parise, coordenador da Missão Paz, foi entrevistado no podcast do Conexão 3, do Observatório do 3º Setor.
Instituto Adus
O Instituto Adus tem um projeto chamado “Nós, o mundo”, que visa promover o empreendedorismo social oferecendo cursos de francês, inglês e espanhol com professores refugiados, proporcionando não apenas o aprendizado desses idiomas, mas também uma rica troca cultural. As aulas são realizadas presencialmente na Unibes Cultural, em São Paulo, além do formato online. O projeto atua como uma fonte de integração de refugiados na sociedade brasileira, promovendo empregabilidade e estabelecendo novas redes de contatos.
Refúgio 343
A Refúgio 343 já resgatou a vida de 3.136 pessoas. Entre as iniciativas oferecidas para a reinserção de refugiados que chegam ao Brasil, estão cursos de idioma, educação intercultural e Direito ao trabalho, além do projeto Voluntário Acolhedor que possibilita a interiorização de refugiados e migrantes de vários países. A organização atua em 222 cidades brasileiras, alcançando 19 estados e o Distrito Federal.
Visão Mundial
A Visão Mundial oferece programas e projetos de ação humanitária voltados à proteção à infância, educação e advocacy. Para beneficiar as crianças, é necessário auxiliar os pais e responsáveis; por este motivo, em abril deste ano, a Visão Mundial lançou o “Selo Empresa Amiga do Migrante”. O objetivo da ferramenta é certificar e reconhecer empresas que contratam pessoas migrantes e refugiadas.