De vacinação à crianças trans, Prêmio de Comunicação FJLES fomenta trabalhos sobre saúde infantil

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A segunda edição do prêmio contemplou trabalhos de abrangência nacional e com destaque à diversidade na saúde infantil

Grupo de pessoas em cima de um palco durante premiação
Foto: Julia Bonin | Observatório do Terceiro Setor

Por Julia Bonin

Na noite de ontem (15) aconteceu a entrega do Prêmio de Comunicação da Fundação José Luiz Egydio Setúbal (FJLES), realizada de forma híbrida, online e no Auditório do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), no parque Ibirapuera. Foram premiadas cinco categorias, entre 180 trabalhos inscritos e 31 finalistas. Os temas em destaque incluíram a abrangência nacional das pesquisas e a valorização da diversidade. 

Apesar de a maioria dos trabalhos inscritos estarem localizados no sudeste, houve a participação de diversos estados brasileiros. Os projetos submetidos envolveram de grandes a pequenos veículos de comunicação, e isso foi levado em consideração na avaliação dos vencedores, afirmou o Dr. José Luiz Edydio Setúbal, presidente da Fundação. A ponderação regional também foi realizada, de modo que quatro dos cinco premiados não eram do estado de São Paulo.

Outro ponto destacado na cerimônia foi a preocupação com a diversidade, indo além dos temas comuns da saúde infantil. Um dos trabalhos vencedores, com o tema “Pelo Direito de Ser: adolescentes trans travam luta para viver plenamente”, tratou sobre a saúde de pessoas transgênero com foco na adolescência, compilando depoimentos de jovens e de médicos para trazer mais informação e conhecimento científico sobre o assunto. 

O Prêmio de Comunicação teve a sua primeira edição em 2021, realizado exclusivamente de forma remota, e é uma iniciativa da FJLES para valorizar e incentivar a produção de informação de qualidade sobre temas que envolvem a saúde da criança e do adolescente.

“A comunicação é importante para levar informação ao público leigo, principalmente a quem não tem o à informação de boa qualidade”, disse Dr. José Luiz Edydio Setúbal em entrevista ao Observatório Terceiro Setor.

Esse estímulo também é muito importante para os profissionais da comunicação. Ao todo, foram oferecidos R$70 mil reais em prêmios.

Camila Salmazio, uma das vencedoras, apontou que “hoje em dia os veículos de comunicação não investem tanto no público infantil. É muito bom ter um prêmio como esse que incentiva a imprensa brasileira a pensar nessa perspectiva”.

Confira os vencedores de cada categoria:

Texto

Profissional: Ranyelle Cavalcante de Andrade, do Jornal Metrópoles, com “Pelo Direito de Ser: adolescentes trans travam luta para viver plenamente”

Estudante: Rebeca Villaça Kroll, da Universidade Federal de Santa Maria (RS), com “A vacinação infantil contra a Covid-19 é segura?”

Áudio

Camila Salmazio, do Portal Brasil de Fato, com “Crianças desvendam fórmula de refrigerante e debatem riscos do excesso de açúcar no Radinho BdF”

Vídeo

Andreza Danielle Brito Vaz de Melo Sá, da Rede Minas, com Série “Saúde no prato: porque práticas simples no presente preservam a saúde das crianças no futuro”

Campanhas de Comunicação

Carlos Eduardo Pirani, da ONG Viver, com “Setembro dourado”

Iniciativas Digitais

Carla Pinto Bittencourt, do Jornal Correio, com “Infâncias Atípicas”

A Fundação José Luiz Egydio Setúbal atua em iniciativas sociais com o propósito de melhorar a saúde das crianças e adolescentes brasileiros. A instituição possui um braço assistencial com o Hospital Infantil Sabará, localizado no bairro da Consolação. Além disso, é responsável pela organização Autismo e Realidade e pelo Instituto PENSI (Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil) – uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) voltada às áreas de educação, pesquisa e projetos sociais.


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