Damares reclama da cobrança para falar sobre violações de direitos humanos

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Apesar de ocupar o cargo de ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves tem reclamado da cobrança para se manifestar em casos graves de violações de direitos humanos, como o assassinato do congolês Moïse Kabagambe no Rio

Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos (Foto: Alan Santos/ PR)

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, reclamou, na última quinta-feira (03/02), do que ela chamou de uma “cobrança muito grande” para que se manifeste sobre casos de violações de direitos humanos no país.

Nos últimos dias, Damares foi cobrada nas redes sociais por não ter se manifestado sobre a morte do congolês Moïse Kabagambe, refugiado no Brasil e assassinado a pauladas no Rio de Janeiro.

Questionada por jornalistas no Palácio do Planalto, a ministra afirmou que a pasta “já tomou” providências – mas não detalhou o que está sendo feito.

“Esse caso está sendo cuidado pelo nosso ministério por duas secretarias, Secretaria Nacional de Promoção da Igualdade Racial e a Secretaria Nacional de Proteção Global. Nós tivemos várias iniciativas”, continuou, sem detalhar quais foram essas iniciativas.

Em uma rede social, na quarta-feira (02/02), Damares já havia reclamado dessas cobranças. A ministra disse que “não dá pra vir pra rede social o tempo todo falar tudo o que estamos fazendo” e que o ministério trabalhava “em silêncio” – mas também não detalhou o que está sendo feito para garantir a investigação e apoiar a família de Moïse.

“Quando está em fase de investigação algum caso, como este, o ministério não traz a público a sua participação pra não interferir lá na ponta na investigação. Mas a gente está, desde o primeiro momento que o ministério foi acionado, acompanhando esse caso e aqui a gente lamenta a barbaridade que a gente viu naquelas imagens. Chega de violência nessa nação e vamos acompanhar até o final. Inclusive, a punição, a gente quer pena [para os autores do homicídio]”, disse a ministra.

Moïse Kabagambe foi morto na noite do último 26 em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Imagens de câmeras de segurança do quiosque Tropicália registraram a briga que terminou com o espancamento do congolês a pauladas.

Pelo vídeo, é possível ver que três homens tiveram participação direta nas agressões ao estrangeiro. Eles foram identificados e presos pela polícia.

Fonte: g1


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