Crianças indígenas Yanomami estão morrendo sem tratamento médico

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Crianças da Terra Indígena Yanomami estão morrendo com sintomas de malária e desnutrição sem nem mesmo receberem tratamento médico. Comunidade de Xaruna tem uma das piores situações dentro da reserva

Imagem ilustrativa/ Foto: Relatório produzido pela Rede Pró-Yanomami e Yekweana e pelo Fórum de Lideranças Yanomami e Yekweana

Mais uma criança Yanomami morreu no sábado (20/11), na Terra Indígena Yanomami, sem tratamento médico. A vítima tinha sintomas de malária, desnutrição e pneumonia, conforme relato do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuana (Condisi-YY).

O óbito foi em Xaruna, mesma comunidade onde há três dias uma outra criança, de 3 anos, também morreu. Nos dois casos, o Condisi-YY afirma que não houve atendimento por parte do Distrito Sanitário Yanomami (Dsei-Y), órgão que responde à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), ligada ao Ministério da Saúde.

Xaruna é a mesma comunidade em que a reportagem do Fantástico (TV Globo) e do g1 registrou a grave situação da saúde na Terra Yanomami. Foi nesta localidade onde a equipe encontrou uma das piores situações dentro da reserva indígena, com dezenas de crianças desnutridas e com sintomas de malária.

“Recebi a informação sobre a criança às 11h55. Os próprios Yanomami da comunidade Xaruna me informaram que tinha falecido mais uma criança, mas não fui informado se é masculino ou feminino, e nem a idade”, disse o presidente do Condisi-YY, Júnior Hekurari Yanomami.

Além da morte deste sábado, o presidente do Conselho informou que há uma criança, de 2 anos, em estado grave aguardando por atendimento em Macuxi Yano, comunidade também localizada na Terra Yanomami. A menina é uma das crianças que apareceram na reportagem.

Procurada, a assessoria do Ministério da Saúde informou que “em relação ao falecimento da criança relatado pelo presidente do Condisi, trata-se de mais um comunicado cujo relato requer apuração, pois tem sido comum esse tipo de informação sem que as acusações de negligência sejam comprovadas”.

Fonte: g1


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