COP 27: O Instituto Reurbi e o pacto socioambiental para conter as mudanças climáticas e a desigualdade social
A 27ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas debateu medidas para conter as emergências climáticas em meio a diversas crises globais e os efeitos na desigualdade entre ricos e pobres; entenda como o Instituto ReUrbi e a ReUrbi somam-se ao debate comprometidos com a responsabilidade socioambiental

Por Iara de Andrade
A 27ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 27) acaba de ser realizada, entre os dias 6 e 18 de novembro, em Sharm el-Sheikh, no Egito. Este ano, o evento que tem como objetivo debater medidas para conter as mudanças climáticas, aconteceu em meio a diversas crises globais; sobretudo a ambiental.
Dentre as prioridades herdadas do último encontro, realizado em Glasgow, no ano ado, ficou a necessidade dos países criarem um financiamento para perdas e danos relacionados aos impactos climáticos severos, sem possibilidade de solução por medidas de adaptação, além de um fortalecimento das metas das nações na redução de emissões até 2030.
O presidente eleito nas últimas Eleições Gerais brasileiras, Luiz Inácio Lula da Silva, foi convidado a participar da COP 27, e trouxe a discussão sobre a discrepância entre países ricos e pobres na redução das alterações climáticas:
“A desigualdade entre ricos e pobres manifesta-se até mesmo nos esforços para redução das mudanças climáticas. 1% mais rica da população do planeta vai ultraar em 30 vezes o limite das emissões de CO² necessário para evitar que o aumento da temperatura global ultrae a meta de 1,5ºC até 2030. Esse 1% mais rico está a caminho de emitir 70 toneladas de CO² per capita por ano. Enquanto isso, o 50% mais pobres do mundo emitirão, em média, “apenas” 1 tonelada per capita, segundo o estudo da ONG Oxfam e apresentado na COP26. Por isso a luta contra o aquecimento global é indissociável da luta contra a pobreza e por um mundo menos desigual e mais justo”, argumentou Lula.
A ReUrbi na Agenda 2030
A Reurbi, com o modelo de economia circular e alinhada à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), está entre as Empresas B certificadas que assumiram o compromisso de se tornarem Zero Carbono. E a partir do Instituto ReUrbi, o compromisso é de ampliar de 130 para 160 projetos de inclusão sociodigital.
Ambos trabalham alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos na Assembleia Geral da ONU, em 2015, com a participação de 193 países; uma política global que tem o intuito de garantir uma vida com dignidade à toda população mundial.
A empresa segue o modelo de economia circular, oferecendo soluções de logística reversa no descarte de equipamentos de TI e Telecomunicações e até junho deste ano coletou e processou mais de 1.600 toneladas, contribuindo para redução das emissões de gases de efeito estufa (GHG) em mais de 3 mil toneladas e 19.020 kg de metais tóxicos.
Além disso, A ReUrbi atende 8 dos 17 Objetivos em seu modelo de negócio: Educação de Qualidade (ODS 4), Empregos Dignos e Crescimento Econômico (ODS 8), Indústria, Inovação e Infraestrutura (ODS 9), Redução das Desigualdades (ODS 10), Cidades e Comunidades Sustentáveis (ODS 11), Consumo e Produção Responsáveis (ODS 12), Ação Contra e Mudança Global do Clima (ODS 13) e Parcerias e Meios de Implementação (ODS 17).
O Pacto Climático das Empresas B
Lançado em maio deste ano, o relatório Estado do Clima, produzido pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), figurou uma “incapacidade humana em combater os problemas climáticos” e acendeu um alerta sobre uma catástrofe climática.
Na contramão desse cenário, o mundo corporativo apresenta alternativas como o Sistema B, uma comunidade de líderes globais que utilizam seus negócios para a construção de um sistema econômico mais inclusivo, equitativo e regenerativo para o planeta como um todo.
Atuando a partir das práticas ESG (Environment, Social & Governance – em inglês), sigla para meio ambiente, social e governança que sintetiza os processos de sustentabilidade no universo corporativo, a ReUrbi está entre as empresas B certificadas que assumiram o compromisso de se tornarem Zero Carbono até 2030.
O B Lab é responsável pela certificação dessas empresas no Brasil, a partir da Avaliação de Impacto B (BIA), uma ferramenta que oferece um diagnóstico de operações e modelos de negócio em cinco categorias: governança, trabalhadores, comunidade, meio ambiente e clientes. A ReUrbi foi reconhecida por 7 anos seguidos como Best for The World com destaque em Meio Ambiente.
O modelo de interdependência entre a ReUrbi e Empresas B possibilitou a coleta de mais de 157 toneladas de equipamento de TI e Telecomunicações até o primeiro semestre de 2022. Com a segunda edição da campanha “Seu Descarte B Faz a Diferença”, através do Instituto ReUrbi e em parceria com as Empresas B, 38 projetos de Inclusão Sociodigital foram apoiados com 537 equipamentos de TI Remakker doados em comodato.
Para o Observatório do Terceiro Setor, Cinthia Gherardi, Diretora de Relacionamento e Comunicação do Sistema B Brasil, falou sobre como essas empresas e o relacionamento entre elas podem contribuir para os Objetivos da COP 27:
“Tendo como aspiração a redução das desigualdades e a transição para uma economia de baixo carbono, como formas de enfrentamento à crise climática global e cumprimento das ambições acordadas na COP27, o papel das empresas que se unem ao Movimento B a por engajar lideranças e acelerar a implementação de ações concretas nos negócios. O Sistema B coloca as Empresas B como protagonistas da agenda climática e estimula as conexões em prol de parcerias e trocas, promovendo por meio de negócios de impacto, a implantação de um sistema econômico mais inclusivo, equitativo e regenerativo para as pessoas e para o planeta”, comenta Cinthia.
Impacto Socioambiental na ponta
O Instituto ReUrbi de Inclusão Sociodigital foi criado para consolidar o modelo socioambiental da ReUrbi, uma associação civil reconhecida como entidade promotora dos Direitos Humanos que oferece apoio a projetos de inclusão social que tem como propósito democratizar o o digital e a inclusão de jovens no Brasil.
A partir de seu modelo de negócio de impacto socioambiental, a empresa, e seu braço no Terceiro Setor, contribuem com a redução da desigualdade social e com os impactos ao meio ambiente. É nesse sentido que foi criada a “Mobilização para a redução da desigualdade, uma inciativa da ReUrbi em união com a Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) e o Observatório do Terceiro Setor.
Uma campanha que tem como missão apoiar projetos de inclusão social e promover a capacitação na área digital, a partir de recursos gerados pelo Programa Recitech, conscientizando e incentivando empresários, colaboradores e parceiros a realizarem o descarte correto de equipamentos eletrônicos.
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Este conteúdo foi produzido por meio de uma parceria entre o Observatório do Terceiro Setor com a ReUrbi – Recicladora Urbana