Como sobreviver? Carcaça, pescoço e pé de galinha ficam mais caros
Procura por partes de carnes que antes eram descartadas faz preços subirem em até 60% de acordo com açougues. Brasil segue sem dados oficiais sobre esta faceta da fome no país

Com 19 milhões de pessoas ando fome no país, o brasileiro faz de tudo para sobreviver. Mas até itens antes ignorados e até jogados fora por alguns estão ficando caros para o consumo. Açougues relatam que carcaça temperada, pescoço e pé de galinha, entre outras partes de boi, vaca e porco, tiveram um aumento de procura e também ficaram mais caros.
A alta dos preços da carne refletiu nos valores dos cortes de segunda e de terceira. Não há dados nacionais sobre esses cortes. Somente em São Paulo, o pescoço de frango teve elevação de 15,79% no preço em setembro na comparação dos 12 meses, segundo a consultoria Safras e Mercados.
O preço da carcaça temperada de frango subiu 45%, o dorso, 60%. Entre os suínos, a maior alta foi no espinhaço (23,91%), que é a “coluna” do porco, e na orelha (20%).
A Rede Mais Açougues, com unidades em 10 estados do país, diz que as “carnes de ossos”, como eles classificam as partes menos (ou nada) nobres, ficaram 100% mais caras entre o início da pandemia e agora.
A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) não disponibiliza dados sobre esses cortes e a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) se restringe a carnes de primeira e de segunda ou ao produto como um todo, no caso do frango e porco.
Fonte: G1
14/10/2021 @ 17:00
[…] Depois de quase duas horas, ela encontrou a única proteína animal que conseguiu comprar com R$12 para a família: 3 kg de carcaças e peles de frango. […]