Casos de ansiedade e depressão cresceram 25% durante pandemia

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Pandemia fez casos de ansiedade e depressão aumentarem 25% em todo o mundo, segundo a OMS. Jovens e mulheres são os mais atingidos

Casos de ansiedade e depressão cresceram 25% durante pandemia
Foto: dashu83 via Freepik

Por Juliana Lima

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de ansiedade e depressão aumentaram 25% em todo o mundo no primeiro ano de pandemia, afetando principalmente os jovens e as mulheres.

“As informações que temos agora sobre o impacto da Covid-19 na saúde mental pelo mundo são apenas a ponta do iceberg”, disse Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS. “Este é um alerta para que todos os países prestem mais atenção à saúde mental e façam um trabalho melhor no apoio à saúde mental de suas populações”, completou.

Um dos principais motivos para a piora na saúde mental da população foi o isolamento. Além do estresse causado pelo medo do vírus, houve ainda a perda de vínculos sociais com amigos e familiares, a perda de emprego e preocupações financeiras, e o luto pelas vidas perdidas.

Entre os profissionais de saúde, a exaustão tem sido um gatilho para desencadeamento de quadros mais graves de saúde mental.

O levantamento de dados da OMS revela também que a pandemia afetou principalmente a saúde mental de jovens, sendo que eles correm um risco desproporcional de desenvolvimento de comportamentos considerados nocivos. Outro ponto levantado é que as mulheres foram mais afetadas do que os homens.

O aumento de casos de ansiedade e depressão coincide ainda com interrupções nos serviços de atenção à saúde mental. Segundo a OMS, vários países tiveram uma longa interrupção no atendimento de saúde mental, inclusive nos voltados à prevenção do suicídio.

De acordo com a OMS, é preciso ampliar o o da população às ferramentas digitais, que continua sendo um grande desafio em países e localidades com recursos limitados. Só assim, os atendimentos online podem ser, de fato, uma solução para o problema.

No Atlas de Saúde Mental, a organização apontou que, em 2020, os governos em todo o mundo gastaram em média pouco mais de 2% de seus orçamentos de saúde na área da saúde mental. Além disso, muitos países de baixa renda relataram ter menos de 1 profissional de saúde mental por 100.000 pessoas.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimentos de saúde mental nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs). O Centro de Valorização da Vida também disponibiliza gratuitamente o Portal Disque 188 para auxiliar na prevenção do suicídio.

Fonte: CNN