Brasil: vítimas de trabalho escravo são resgatadas de carvoarias

Compartilhar

Entre as 12 vítimas de trabalho escravo resgatadas em carvoarias de Goiás, havia um adolescente de 16 anos. A atividade de carvoaria é classificada como uma das piores formas de trabalho infantil pela Organização Internacional do Trabalho (OIT)

Imagem ilustrativa/ Foto: Adobe Stock

Uma operação do Ministério do Trabalho resgatou 12 trabalhadores em situação análoga à escravidão em carvoarias de Cristalina e Luziânia, municípios goianos no Entorno do Distrito Federal. A ação conjunta começou a ser planejada há dez dias, com o apoio de órgãos como Defensoria Pública da União e Ministério Público do Trabalho.

Entre as vítimas, havia um adolescente de 16 anos, que foi encontrado em uma fazenda de Luziânia. A atividade de carvoaria é classificada como uma das piores formas de trabalho infantil pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Os homens foram encontrados em situação degradante. O local de trabalho e o alojamento estavam em condições inadequadas de limpeza e higiene e não havia banheiro apropriado – os trabalhadores eram obrigados a recorrer ao mato para fazer as necessidades fisiológicas.

Os trabalhadores não tinham o a água potável e a equipamentos de proteção individual. O grupo ainda estava vulnerável a insetos e animais peçonhentos. Essa condição caracteriza trabalho análogo à escravidão.

Os empregadores foram alvo de sanções. O dono da carvoaria em Cristalina pagou as verbas rescisórias dos dez trabalhadores do local, calculadas em R$ 100 mil, e também deverá recolher o FGTS dos funcionários. Ele ainda assinou um termo de ajustamento de conduta e terá de pagar uma indenização às vítimas. No caso do proprietário da fazenda em Luziânia, ele foi notificado, mas não havia quitado a rescisão dos dois trabalhadores do local até a publicação desta reportagem.

Fonte: R7


Compartilhar