Brasil tem 5,1 milhões de domicílios em favelas, segundo IBGE
Nestas localidades tendem a residir populações que vivem em condições socioeconômicas, de saneamento e de moradia precárias

Por: Mariana Lima
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um levantamento em que revela que, em meio à pandemia de Covid-19, o Brasil tem 5.127.747 domicílios em aglomerados subnormais, denominados também como favelas.
Esses domicílios estão distribuídos em mais de 734 municípios do país. Ao todo, dois terços destas residências estão a dois quilômetros ou menos de distância de alguma unidade de saúde.
De acordo com os dados, o país registra 13.151 aglomerados subnormais, que têm uma nomeação variada em cada região do Brasil. Entre as formas de chamar esses aglomerados estão: favela, invasão, grota, baixada, comunidade, mocambo, palafita, loteamento, ressaca e vila, entre outros.
Foram classificados como aglomerados subnormais formas de ocupações irregulares de terrenos de propriedade alheia, públicos ou privados, usados para fins de habitação em áreas urbanas.
De forma geral são caraterizados pela carência de serviços públicos essenciais e localizações em áreas que apresentam restrições à ocupação.
Nestas localidades tendem a residir populações que vivem em condições socioeconômicas, de saneamento e de moradia mais precárias. Muitos precisam viver em casas pequenas e próximas umas das outras, dificultando o isolamento social e podendo facilitar a disseminação da Covid-19.
Os dados divulgados agora em maio são uma antecipação do Censo Demográfico 2020 (adiado para o próximo ano) junto com dados do mapeamento realizado pelo Cadastro Nacional de Unidades de Saúde para fornecer informações para o combate ao novo coronavírus para a sociedade.
A cidade de São Paulo – epicentro da doença no Brasil – lidera a estatística do número de domicílios ocupados nas comunidades: 529.921. Além disso, o estado de São Paulo concentra o maior número de casas em favelas, com 1.066.813 domicílios.
Logo depois vem o Rio de Janeiro, com 453.571 domicílios do tipo apenas na capital carioca, e 716.326 em todo o estado. A Rocinha (RJ) é a comunidade com o maior número total de domicílios nestas caraterísticas: 25.742.
Apesar disso, a proporção em relação ao total de domicílios ocupados em São Paulo e Rio de Janeiro é menor quando comparado com outros locais, ficando com 7,9% e 12,63%, respectivamente.
O estado que lidera neste quesito é o Amazonas, com 34,6%. Manuas registra a maior proporção de domicílios em favelas entre todas as capitais estaduais, com 53,4%.
Fonte: Folha de S. Paulo
25/01/2022 @ 08:01
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