Brasil machista: aqui elas ganham menos, morrem e sofrem mais

Compartilhar

Em média, 12 mulheres são assassinadas por dia no Brasil; elas também recebem salários menores

Segundo o Ministério dos Direitos Humanos (MDH), que istra a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, o Ligue 180, foram registrados no primeiro semestre de 2018 quase 73 mil denúncias. O resultado é bem maior do que o registrado em 2006 (12 mil), primeiro ano de funcionamento da Central.

Além disso, o Brasil é o quinto país que mais mata mulheres, em uma lista de 83 países, segundo o Mapa da Violência de 2015. São 4,8 homicídios a cada 100 mil mulheres.

Em média, doze mulheres são assassinadas por dia no Brasil. Foi o que mostrou um levantamento feito pelo G1 considerando os dados oficiais dos estados relativos a 2017. São 4.473 homicídios dolosos, sendo 946 feminicídios, ou seja, casos de mulheres mortas em crimes de ódio motivados pela condição de gênero.

E, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), as mulheres no Brasil estudam e trabalham mais, mas ganham menos que os homens.

O estudo traz dados relativos ao quarto trimestre de 2017 e mostra que a igualdade de gênero no país ainda está longe de ser conquistada.

Dos 40,2 milhões de mulheres que trabalham no país, 24,3% têm ensino superior completo, enquanto entre os homens ocupados a proporção é de 14,6%. Mesmo assim, em média, as mulheres que trabalham recebem rendimentos 24,4% menores que os dos homens.

Números como esses são possíveis pela falta de incentivos à igualdade de gênero. Um exemplo de país onde a questão é tratada de forma muito diferente é a Islândia. Este ano, o país nórdico transformou em lei a obrigação de as empresas pagarem salários iguais para homens e mulheres.


Compartilhar