Brasil cai 26 posições em ranking global de igualdade de gênero

Compartilhar

Mulheres brasileiras perderam espaço principalmente em termos de participação política e igualdade econômica

Foto: Anúncio Step in Inequality (“Pise na Desigualdade”, em inglês) da Miami Ad School.

Por: Isabela Alves

O Brasil caiu 26 posições no ranking global de igualdade de gênero desde 2006. Das 156 nações avaliadas, o país agora ocupa a posição de número 93. 

Os dados são de um levantamento feito pelo Fórum Econômico Mundial (WEF). Em 2006, o país ocupava a posição de número 67. 

Os maiores retrocessos ocorreram no quesito da participação política, já que o Brasil caiu de 86º para 108º, e na igualdade econômica, em que caiu de 63º para 89º.

O quesito da participação política analisou a porcentagem de mulheres no parlamento, em ministérios e o número de anos sob o governo de uma mulher nos últimos 50 anos. 

O Brasil está em 122º lugar entre os 156 países no número de mulheres eleitas para o Congresso e em 120º em relação à participação em ministérios.

Entre os países analisados pelo índice, as mulheres brasileiras representam apenas 26,1% de cerca de 35,5 mil assentos no Parlamento e apenas 22,6% de mais de 3.400 ministros. 

A situação só não é pior por causa dos seis anos de presidência de Dilma Rousseff (de 1º de janeiro de 2011 a 31 de agosto de 2016), que colocaram o Brasil na 27ª posição no ranking nesse item.

Um dos avanços ocorreu no quesito da educação, pois o Brasil ocupava a posição de 74ª e agora foi para a 37ª. 

Na média geral, o Brasil teve uma leve melhora na desigualdade: ou de 0,654 pontos, em 2006, para 0,695  em 2020. 

Ou seja, se houvesse uma corrida para chegar à igualdade de gênero, o Brasil teria percorrido 69,5% do caminho até agora, um avanço de 3,9 pontos percentuais em 15 anos. 

Ainda, o Brasil foi citado como um dos países em que a população feminina foi mais profundamente afetada pela crise provocada pelo coronavírus.

Segundo o levantamento, o país irá demorar 135,6 anos para acabar com a lacuna entre os gêneros. A lacuna econômica levará ainda mais tempo para ser fechada: 267,6 anos, se for mantido o ritmo atual. 

Fonte: Folha de São Paulo


Compartilhar