“Anjo bom da Bahia”: ela dedicou sua vida a ajudar pobres e doentes

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Irmã Dulce se destacou por suas ações humanitárias e de assistência aos pobres e necessitados, ao longo de toda sua vida. Com 13 anos de idade, já lotava a casa dos pais acolhendo doentes que encontrava nas ruas

Foto: Arquivo Irmã Dulce

Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, mais conhecida como Irmã Dulce, nasceu em Salvador (BA), no dia 26 de maio de 1914, e foi canonizada em 2019 com o título de Santa Dulce dos Pobres. Por suas ações humanitárias e de assistência aos desfavorecidos, ficou também conhecida como “anjo bom da Bahia”.

Irmã Dulce se destacou por suas obras de caridade e de assistência aos pobres e necessitados, obras essas que ela praticava desde muito cedo. Com 13 anos já lotava a casa de seus pais acolhendo doentes que encontrava nas ruas.

Com o consentimento da família e o apoio de sua irmã, Dulcinha, a menina foi transformando a casa da família, na Rua da Independência, 61, no bairro de Nazaré, num centro de atendimento a pessoas necessitadas. A casa ficou conhecida como “a portaria de São Francisco”, tal o número de carentes que se aglomeravam a sua porta.

Irmã Dulce também ajudou a criar várias instituições filantrópicas: uma das mais importantes e famosas é o Hospital Santo Antônio, que foi construído no lugar do galinheiro do Convento Santo Antônio.

Em maio de 1939, Irmã Dulce inaugurou o Colégio Santo Antônio, voltado para os operários e seus filhos. No mesmo ano, para abrigar doentes que recolhia nas ruas, Irmã Dulce invadiu cinco casas na Ilha do Rato, em Salvador.

Depois de ser expulsa do lugar, teve que peregrinar durante uma década, instalando os doentes em vários lugares, até transformar em albergue o galinheiro do Convento de Santo Antônio, que mais tarde deu origem ao Hospital Santo Antônio, centro de um complexo médico, social e educacional que continua atendendo aos pobres. Hoje o hospital atende diariamente mais de cinco mil pessoas.

Irmã Dulce foi uma das mais importantes, influentes e notórias ativistas humanitárias do século XX. Suas obras de caridade são referência nacional, e ganharam repercussão pelo mundo. Seu nome é sempre relacionado à caridade e amor ao próximo. Foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz no ano de 1988 pelo então presidente do Brasil, José Sarney, porém não ficou com o título.

Em 2001, foi eleita “a religiosa do século XX”, em uma eleição que foi publicada pela revista Isto É. Em 2012, foi eleita uma dos 12 maiores brasileiros de todos os tempos em pesquisa feita pelo SBT, para eleger a personalidade que mais contribuiu para o país.

Durante mais de cinquenta anos ela teve problemas respiratórios. Em 11 de novembro de 1990, Irmã Dulce foi internada no Hospital Português da Bahia, depois transferida à UTI do Hospital Aliança e depois ao Hospital Santo Antônio. Em 20 de outubro de 1991, recebe no convento, em seu leito de morte, a segunda visita do Papa João Paulo II para receber a bênção e a extrema unção.

O “anjo bom da Bahia” morreu em seu quarto, de causas naturais, aos setenta e sete anos, em 13 de março de 1992, ao lado de pessoas queridas por ela, como as irmãs do convento. Seu corpo foi sepultado no alto do Santo Cristo, na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia e depois transferido para a Capela do Hospital Santo Antônio, centro das Obras Sociais Irmã Dulce.

Fontes: Wikipédia, Obras Sociais Irmã Dulce e BBC News Brasil


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