Com Amazonas em colapso, hospitais militares mantêm leitos vagos reservados

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Apesar do colapso no sistema de saúde do Amazonas, Hospitais das Forças Armadas no estado estão com mais da metade dos leitos para a Covid-19 vagos, à espera de eventuais adoecimentos de militares ou familiares

Foto: Divulgação/Simeam

Com o estado do Amazonas em colapso pela pandemia de Covid-19, sem leitos e com falta de oxigênio, Hospitais das Forças Armadas no estado estão com mais da metade dos leitos para a Covid-19 vagos, à espera de eventuais adoecimentos de militares ou familiares.

Na última quarta-feira (10/02), segundo boletim da Secretaria da Saúde do Amazonas, 84 dos 116 leitos (ou 72,4% do total) destinados para pacientes de Covid-19 estavam livres nos hospitais militares. Enquanto isso, 278 pacientes aguardavam na fila oficial: 217 em Manaus e 61 no interior.

O estado não fez um pedido formal para usar esses leitos. Já as Forças Armadas dizem que o benefício não é “um privilégio infundado”, há custeio com contribuições dos militares e o uso indevido “prejudica a segurança”.

Manaus possui dois hospitais das Forças Armadas: o Hospital da Aeronáutica e o Hospital Militar de Área de Manaus, além de uma Policlínica Naval. A partir de 6 de janeiro, o estado ou a não ter capacidade de internar todos os doentes de Covid-19. Uma fila de espera surgiu em leitos públicos e privados. No dia 29 de janeiro, a espera atingiu o ápice, com 509 pessoas aguardando vaga. Nesse mesmo dia, os hospitais militares tinham 52 leitos clínicos livres.

O governo ou a transferir doentes mais graves para outras partes do Brasil. Desde 15 de janeiro, 529 pessoas foram levadas a outros estados e ao Distrito Federal, 37 delas morreram e 173 se recuperaram. Os demais continuam o tratamento longe de casa.

O Ministério da Defesa afirmou ao site UOL que os leitos estão vazios para internar militares caso adoeçam e não sinalizou a possibilidade de ceder vagas ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: UOL


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