A inclusão profissional de pessoas com deficiência ainda é um desafio
Na Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, organização do Terceiro Setor faz alerta: inclusão profissional ainda é um desafio

Por Iara de Andrade
Na Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, os números nos mostram que, mesmo depois de 30 anos, a Lei de Cotas, que obriga empresas a preencherem até 5% de seus cargos com pessoas com deficiência, ainda não é plenamente cumprida.
A última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) conta que: uma em cada quatro pessoas com deficiência, com idade para trabalhar, estava desocupada em 2019. Número representa mais que o dobro de pessoas sem deficiência. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego contam ainda que pessoas com deficiência ocupavam 1,09% das vagas de empregos formais no mesmo ano. Em 2020, a porcentagem caiu para 1,07%.
Pensando em alertar a sociedade e os órgãos governamentais sobre o problema, o Instituto Jô Clemente (IJC), referência nacional na inclusão de pessoas com deficiência intelectual e/ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), promove desde o dia 24 de julho a campanha Nosso Trabalho se Mistura com o Seu.
Por meio da hashatag #nossotrabalhosemisturacomoseu, a instituição tem efetivado parcerias e tentado mostrar que a inclusão de pessoas com deficiência pode ser um diferencial competitivo para as empresas. É o que afirma Flávio Gonzalez, executivo de Negócios Sociais do Instituto:
“Hoje, com a crescente atenção para temas ligados à governança ambiental, social e corporativa (do inglês environmental, social and governance – ESG), as empresas estão cada vez mais empenhadas em mostrar para a sociedade suas boas práticas. Nesse sentido, a inclusão de pessoas com deficiência intelectual vem ao encontro desses esforços e pode ser um importante diferencial competitivo para essas organizações”.