A adolescente que relatou os horrores nazistas e morreu com apenas 15 anos
Anne Frank ficou conhecida mundialmente após a publicação de “O diário de Anne Frank”, livro que narra os dois anos que ela e sua família aram dentro de um esconderijo na tentativa de escapar da perseguição nazista durante a Segunda Guerra Mundial.

“Anneliese Marie Frank, conhecida como Anne Frank, foi uma adolescente judia que viveu em Amsterdã, na Holanda, durante o período do Holocausto. A menina ficou conhecida mundialmente após a publicação de “O diário de Anne Frank”, livro que narra os dois anos de horrores que ela e sua família aram dentro de um esconderijo na tentativa de escapar da perseguição nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
Anne Frank nasceu em 12 de junho de 1929, em Frankfurt, na Alemanha, e morreu com apenas 15 anos, em Bergen-Belsen, um campo de concentração nazista localizado na cidade de Celle, na Alemanha. Não há uma data oficial de sua morte, acredita-se que aconteceu em março de 1945, após ela contrair uma doença conhecida como tifo (causada por bactérias que afetam o sistema imunológico). A única certeza é que a menina não viveu muito depois que chegou no campo de concentração; as péssimas condições, fome e torturas eram as principais causas de mortes em campos de concentração nazistas.
Com o crescente número de manifestações antissemitas na Alemanha em 1933, um resultado da ascensão do Partido Nazista ao governo alemão, a família de Frank começou a temer em continuar no país, mudando-se no ano seguinte para Amsterdã. Em maio de 1940, após a invasão nazista aos Países Baixos, aumentaram gradativamente as perseguições aos judeus, além de terem sido criadas leis que os proibiam de frequentar diversos estabelecimentos. Dois anos depois, a família decidiu se esconder em compartimentos secretos de um edifício comercial, dividindo-o com mais quatro amigos. Em 4 de agosto de 1944, o grupo foi traído misteriosamente e teve a localização do esconderijo revelada para a Gestapo, acabando por serem transferidos para diversos campos de concentração. Em companhia de sua irmã, Margot Frank, a jovem foi transportada até Bergen-Belsen onde, provavelmente, morreram em um dia desconhecido de fevereiro ou março de 1945.
Após o final da guerra, o único sobrevivente do grupo foi o pai de Anne, Otto Frank, que retornou para Amsterdã e descobriu que o diário da filha havia sido salvo por Miep Gies, uma das funcionárias da empresa que havia ajudado a família durante a vida em esconderijo. Otto publicou o diário em 1947 e, desde então, foi traduzido para mais de 70 línguas e comercializadas cerca de 35 milhões de unidades em todo o mundo. Além disso, autores têm reconhecido o impacto do livro sobre a humanidade ao longo dos anos, sendo referido como fonte de incentivo para políticos como Nelson Mandela e Eleanor Roosevelt. Em 1960, foi inaugurado o museu Casa de Anne Frank, ponto turístico que tem atraído mais de 1,2 milhão de visitantes anualmente.
Anne Frank ou a ser referida como um “símbolo da luta contra o preconceito” e teve sua história servindo como base para diversas peças de teatro e filmes ao longo dos anos. Em 1999, foi contemplada como uma das pessoas mais importantes do século XX em uma lista organizada pela revista Time.
A adolescente que queria ser escritora e relatava no seu diário a esperança de ver o fim da guerra para poder estudar e ter uma vida normal, só teve seu sonho realizado infelizmente depois da sua morte. Anne Frank tornou se uma das escritoras mais famosas do mundo e suas palavras de esperança comovem gerações.
Fontes: UOL Escola e Wikipédia